Cercado
de enorme polêmica, chega até nós, finalmente, “CHATÔ,
O REI DO BRASIL”, a tão aguardada cinebiografia de Assis
Chateaubriand - fundador dos Diários Associados, Rádio e TV Tupi - baseada no
livro de Fernando Morais. As filmagens começaram em 1995 e só foram concluídas
em 2015. Nesse período, o diretor Guilherme Fontes foi julgado e acusado numa
ação judicial de má utilização de verbas públicas, processo ainda em andamento
na Justiça. As filmagens foram tão complicadas que várias cenas tiveram que ser
refeitas anos depois. No filme, você poderá notar a atriz Leandra Leal novinha,
ainda em início de carreira, e a aparição de atores que já morreram, como José
Lewgoy e Walmor Chagas. Fontes realizou uma adaptação livre da obra de Fernando
Morais. Como um músico de jazz, improvisou, fez quase uma versão onírica, com visual tropicalista. Exagerou na dose. O roteiro é um tanto confuso, com idas e vindas em flashbacks, além de muitas cenas contendo
alucinações do personagem principal, confundindo o espectador com relação à
compreensão do que é real ou imaginário. O elenco é ótimo, assim como a
recriação de época, os cenários, a fotografia. Mas o resultado final não foi
aquele que se esperava depois de tanta polêmica. O livro retrata melhor quem foi realmente Assis Chateaubriand. Ou seja, o livro é bem melhor...
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