Nunca
fui muito fã dos filmes de Quentin Tarantino, embora tenha assistido a todos. Não
que sejam ruins, mas são desagradáveis de ver pela violência explícita, personagens
desprezíveis, humor negro sem muita graça e nenhum espaço para romances, momentos sensíveis
ou comoventes. Meu índice de rejeição ao diretor americano aumentou
consideravelmente depois de assistir ao seu mais recente “OS
OITO ODIADOS” (“The Hateful Eight”),
2015. Trata-se de um faroeste cômico,
com muita violência e sangue jorrando. É longo demais (167 minutos) e, em
determinados momentos, chega a entediar. A história envolve uma série de
personagens que buscam abrigo, fugindo de uma forte nevasca, num armazém nos
cafundós do Oeste. O grupo reúne caçadores de recompensa, um general do
exército, um futuro xerife e outros tipos esquisitos. Tudo gira em torno de
dinheiro e de um eventual plano para resgatar uma assassina. Toda a ação é
encenada dentro desse armazém, com muito blá-blá-blá, acusações e reviravoltas
na história, culminando com uma tentativa de envenenamento coletivo e cenas de
muita violência. Não faltam menções racistas contra o personagem de Samuel L.
Jackson, o único negro da turma. Além de Jackson, estão no elenco Jennifer Jason Leigh,
Kurt Russell, Demian Bichir, Tim Roth, Walton Goggins, Channing Tatum, Bruce
Dern e Michael Madsen. O filme concorrerá ao Oscar 2016 em três categorias:
Atriz Coadjuvante (Jennifer Jason Leigh), Trilha Sonora (Ennio Morricone) e
Fotografia (Robert Richardson).
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