segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Como espectador comum, discordo da grande maioria dos críticos profissionais que elogiaram o drama “MANGLEHORN” e o trabalho do ator Al Pacino. O filme é um abacaxi dos mais azedos, sonífero puro. E Pacino interpreta um dos personagens mais chatos do cinema nos últimos anos, Angelo Manglehorn, um chaveiro que, em sua vida particular, é um homem recluso, antissocial, amargurado, rancoroso e em estado crônico de mau-humor. Resumindo: antipático ao extremo. Ele vive se lamentando com as lembranças de uma antiga paixão, Clara, que ninguém explica quem foi ou que fim levou. Nem uma mulher ainda bonita como Dawn (Holly Hunter), consegue despertar o interesse de Angelo. Ela dá todas as dicas de que está a fim de uma cama a dois, mas ele prefere falar da gata Fannie e de Clara, seu antigo amor. Angelo não se dá nem com seu próprio filho Gary (Chris Messina). Como em seus últimos papeis, Al Pacino (vide “O Último Ato” – “Humbling”, no original) exagera na interpretação, beirando o histriônico. E quem sofre com tudo isso é o espectador. O filme, dirigido por David Gordon Green, concorreu ao Leão de Ouro no Festival de Veneza 2014 e, merecidamente, não ganhou. Como disse, e repito, o filme é muito chato. O grande Al Pacino, desta vez, ficou pequeno.  

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