“O MENSAGEIRO” (“Kill the Messenger”), 2014, EUA, direção de Michael Cuesta.
Filmaço, daqueles de prender a gente na poltrona sem piscar nem dar um pio. A história, baseada
em fatos reais, é centrada no jornalista investigativo Gary Webb (Jeremy
Renner), do pequeno jornal San Jose Mercury News, da cidade de San José
(Califórnia). Em meados dos anos 90, ele descobre a ligação da CIA com
traficantes de cocaína da Nicarágua e denuncia tudo numa série de reportagens,
que o levaram a conquistar o Prêmio Pulitzer de Jornalismo. Só que, no meio do
caminho, a CIA e a grande imprensa norte-americana, aqui incluídos Washington
Post e o New York Times, “mordidos” pelo furo que tomaram, iniciam uma campanha
impiedosa para desacreditar o jornalista, acusando-o de forjar provas e
utilizar fontes pouco confiáveis. Essa reviravolta acabou com a trajetória
jornalística de Gary, que anos depois teria um fim trágico. O filme segue o
mesmo estilo de suspense que consagrou “Todos os Homens do Presidente”, sobre o
escândalo Watergate. Trata-se de uma verdadeira aula de jornalismo
investigativo, mostrando que, para praticá-lo, é preciso perspicácia, esperteza,
talento e, acima de tudo, muita coragem. O filme, repito, é muito bom e conta
com um elenco de primeira: além de Renner (ótimo), atuam Rosemarie DeWitt,
Michael Sheen, Mary Elizabeth Winstead, Ray Liotta, Andy Garcia, Oliver Platt,
Robert Patrick e Paz Vega.
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