terça-feira, 17 de março de 2015

O drama “AS HORAS MORTAS” (“Las Horas Muertas”), co-produção México/Espanha, 2013, é um filme bastante simples, não apenas pelo seu enredo como também pela sua produção, mas não deixa de ser interessante. A história é quase toda ambientada num motel à beira-mar, no litoral de Veracruz (México). O estabelecimento está sendo administrado, provisoriamente, pelo jovem Sebastián (Kristyan Ferrer), de 17 anos, enquanto o proprietário, seu tio, estiver de licença médica. Miranda logo percebe que a rotina do lugar é tediosa, feita de muitas "horas mortas". Ele recebe os – raros – clientes, encaminha-os para os quartos e depois fica à espera da saída deles para então providenciar a limpeza. Miranda (Adriana Paz), uma corretora de imóveis de 35 anos, é cliente habitual do motel, junto com o amante casado. Miranda muitas vezes fica esperando o amante por horas, até que ele começa a não aparecer mais. No tempo ocioso em que passam conversando, juntando suas solidões, o jovem Sebastián e Miranda acabam ficando amigos. E é justamente essa amizade que o diretor Aarón Fernandez fará com que seja o fio condutor de toda a história. O filme foi selecionado para exibição nos festivais de Locarno, Zurique, Biarritz, San Sebastian e Tóquio, além da 37º Mostra Internacional de São Paulo (2013). Não é pouco para uma produção tão simples.            

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