segunda-feira, 6 de outubro de 2014
“ATTILA MARCEL”, 2013, direção
de Sylvain Chomet, é um filme fantasioso, meio surreal. Uma fábula ao estilo “Amélie
Poulain”, só que com um personagem masculino. Ele é Paul (Guillaume Gouix), que
perdeu a fala e a memória quando era criança ao presenciar o acidente que matou
seus pais – o pai era justamente o Attila Marcel do título, um lutador de
luta-livre. Aos 33 anos, Paul vive com as tias Annie (Bernadette Lafont) e Anna
(Hélène Vincent). A vida dele se resume a tocar piano na academia de dança das
tias e em casa para convidados. Nada mais. Até que um dia ele conhece Madame
Proust (Anne Leny), vizinha do 4º andar. Ela faz um tipo de infusão capaz de
despertar lembranças de infância. É bebendo essa infusão que Paul, em flashbacks,
recupera a memória dos fatos da infância, incluindo o acidente com seus pais. Muito
do estilo fantasioso e feérico dessa produção francesa se deve à experiência de
Sylvain Chomet como diretor de filmes de animação (“As Bicicletas de Belleville”,
de 2003, por exemplo). “ATTILA MARCEL” foi o
último filme da atriz Bernardett Lafont. O filme, aliás, é dedicado a ela.
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