sábado, 5 de abril de 2014

Uma reflexão sobre a China contemporânea. Foi assim que o filme “Um Toque de Pecado” (“Tian Zhu Ding”, ou no inglês “A Touch of Sin”) foi lançado nos cinemas e apresentado no Festival de Cannes de 2013, quando conquistou o prêmio de Melhor Roteiro. Se você estiver em busca de entretenimento leve, porém, passe longe. São quatro episódios, independentes uns dos outros, que contam a história de personagens comuns cuja única ligação será o desfecho trágico destinado a cada um deles. No primeiro episódio, um trabalhador se revolta contra a corrupção em sua aldeia; no segundo, um homem comete crimes brutais para ajudar a família; no terceiro, uma jovem recepcionista numa sauna masculina revida com violência o assédio sexual de dois homens; no último, um jovem não aguenta a pressão de ser explorado nos empregos. Não é um filme agradável de assistir, pois tem muitas cenas de violência explícita, duas delas contra animais. Mas é um filme importante por destacar o estilo de um diretor que está sendo considerado um dos melhores do cinema chinês atual. Uma coisa é certa: impossível ficar indiferente ao filme durante e ao final de sua exibição. É claro que muitos críticos profissionais escreveram verdadeiros tratados sociológicos para explicar as intenções do diretor. É melhor você assistir e tirar suas próprias conclusões. 

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