sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
O filme tailandês “Tio Boonmee,
que pode recordar suas vidas passadas” (“Lung Boonmee Raluek Chat”) ganhou a Palma de
Ouro no Festival de Cannes 2010. Tio Boonmee, interpretado por Thanapat
Saisaymar, que não é ator profissional, sofre de insuficiência renal grave e
tem pouco tempo de vida. Acompanhado da cunhada Jen, do primo Tong e do
sobrinho Jaai, ele vai passar seus últimos dias numa fazenda. No jantar do primeiro
dia, aparece o fantasma de sua falecida mulher Huay e, logo em seguida, seu
filho desaparecido, agora um homem-macaco, mais parecendo um lobisomem. Em
outra cena, sem nada a ver com Huay, uma princesa vai a um lago e transa com um
bagre. E por aí vai a fantasia do diretor Apichatpong Weerasethakul. O filme
termina como começa: indecifrável. Prêmio, aliás condecoração, daquelas de
encher o peito de medalhas, quem merece é o espectador que conseguir chegar até
o final, como eu.
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