“O VIOLINO DO MEU PAI”
(“BABAMIN KEMANI”),
2021, Turquia, disponível na plataforma Netflix, 1h52m, direção da cineasta
Andaç Haznedaroglu (“Você Já viu Vagalumes”), seguindo roteiro assinado por
Murat Taskent e Palaspandiras. Acho que alguma fábrica de lenços de papel está
financiando o cinema turco. É só lembrar dos recentes “Milagre na Cela 7” e “Filhos
de Istambul”. Agora acaba de chegar na Netflix “O Violino do Meu Pai”, mais um melodrama
para provocar lágrimas. A história começa apresentando um grupo mambembe de
músicos tocando ao ar livre em uma praça de Istambul. Quem dança e diverte o público,
além de arrecadar as esmolas, é uma garota de 8 anos, Özlem (a estreante Gülizar
Nisa Uray), filha do violinista do grupo, Ali Riza (Selim Erdogam). O drama
começa quando Ali fica gravemente doente e acaba morrendo, deixando Özlem órfã –
a mãe já tinha morrido. Encaminhada à assistência social, a menina teria apenas
dois destinos: ou seria internada em um orfanato ou então entregue a alguém da
família, no caso o seu tio Mehmet Mahir (Engin Altan Düzyatan), irmão de Ali e
um famoso violinista internacional. Mehmet é arrogante e egocêntrico e logo de
início descarta ficar com a menina. Sua esposa Suna (a bela Belçim Gilgin) tenta
convencê-lo a adotar a sobrinha, uma árdua tarefa. Para não deixar escapar o
que acontece depois, prefiro parar a história por aqui e deixar as surpresas
escondidas. O filme tem alguns trunfos que o tornam muito agradável de
assistir. Primeiro, a atriz mirim Gülizar, uma ruivinha esperta e fofa. Segundo,
a ótima trilha sonora, com muita música clássica (Bach, Vivaldi, Satie, Bizet),
músicas folclóricas turcas e até um tango, o maravilhoso “Por Una Cabeza”, de
Gardel. Também devo destacar as belas imagens aéreas e paisagens urbanas de
Istambul. A história é também muito comovente, garantindo um entretenimento
para toda a família. Se você gosta de se emocionar, não deixe de ver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário