terça-feira, 8 de março de 2022

 

“O VIOLINO DO MEU PAI” (“BABAMIN KEMANI”), 2021, Turquia, disponível na plataforma Netflix, 1h52m, direção da cineasta Andaç Haznedaroglu (“Você Já viu Vagalumes”), seguindo roteiro assinado por Murat Taskent e Palaspandiras. Acho que alguma fábrica de lenços de papel está financiando o cinema turco. É só lembrar dos recentes “Milagre na Cela 7” e “Filhos de Istambul”. Agora acaba de chegar na Netflix “O Violino do Meu Pai”, mais um melodrama para provocar lágrimas. A história começa apresentando um grupo mambembe de músicos tocando ao ar livre em uma praça de Istambul. Quem dança e diverte o público, além de arrecadar as esmolas, é uma garota de 8 anos, Özlem (a estreante Gülizar Nisa Uray), filha do violinista do grupo, Ali Riza (Selim Erdogam). O drama começa quando Ali fica gravemente doente e acaba morrendo, deixando Özlem órfã – a mãe já tinha morrido. Encaminhada à assistência social, a menina teria apenas dois destinos: ou seria internada em um orfanato ou então entregue a alguém da família, no caso o seu tio Mehmet Mahir (Engin Altan Düzyatan), irmão de Ali e um famoso violinista internacional. Mehmet é arrogante e egocêntrico e logo de início descarta ficar com a menina. Sua esposa Suna (a bela Belçim Gilgin) tenta convencê-lo a adotar a sobrinha, uma árdua tarefa. Para não deixar escapar o que acontece depois, prefiro parar a história por aqui e deixar as surpresas escondidas. O filme tem alguns trunfos que o tornam muito agradável de assistir. Primeiro, a atriz mirim Gülizar, uma ruivinha esperta e fofa. Segundo, a ótima trilha sonora, com muita música clássica (Bach, Vivaldi, Satie, Bizet), músicas folclóricas turcas e até um tango, o maravilhoso “Por Una Cabeza”, de Gardel. Também devo destacar as belas imagens aéreas e paisagens urbanas de Istambul. A história é também muito comovente, garantindo um entretenimento para toda a família. Se você gosta de se emocionar, não deixe de ver.                   

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