COLLATERAL, 2018, Inglaterra,
produção BBC, minissérie em 4 capítulos de cerca de 1 hora cada (à disposição
na Netflix), direção de S.J. Clardson, seguindo roteiro de David Hare. A
história começa com o assassinato, a tiros, do jovem sírio Abdullah Asif (Sam
Otto), um motoboy entregador de pizza. A detetive Kip Glaspie
(Carey Mulligan), junto com o parceiro Nathan Bilk (Nathaniel Martelo-White), inicia
as investigações e descobre fatos que irão tornar o caso ainda mais misterioso.
Karen (Billie Piper), a cliente que o jovem acabou de atender, é uma mãe
solteira viciada em drogas, as quais costuma receber dentro da pizza. Descobriu-se
ainda que a munição utilizada para assassinar o motoboy é exclusiva do exército.
Além disso, a única testemunha do crime é Linh Suan Huy (Kae Alexander), uma jovem
vietnamita também viciada em drogas e, pior, imigrante ilegal. Outros
personagens que serão importantes no desenvolvimento da história: Sandrine Shaw
(Jeany Spark), uma capitã do exército inglês; Jane Oliver (Nicola Walker), a
vigária homossexual namorada de Linh, e o deputado David Mars (John Simms), ex-marido
de Karen, a mãe viciada. Estes e mais alguns outros personagens aparecerão em
subtramas que correrão à margem da história principal, mesmo que não tenham nada a ver com o
assassinato do jovem entregador de pizza. O roteiro também aborda questões
atuais como a xenofobia, imigração ilegal, intolerância, crime organizado, homossexualidade
etc., além de uma conspiração política envolvendo autoridades governamentais, religiosas,
policiais e até o M15 (serviço secreto inglês). Enfim, uma miscelânea de
situações que pode não só confundir o espectador como também desviar sua
atenção do foco principal, que é a investigação do crime do motoboy. Mesmo que
apresentada em apenas quatro capítulos, a minissérie chega a entediar em alguns
momentos. Não arrisco recomendar.
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