“ELISA
E MARCELA”, 2019, roteiro e direção de Isabel Coixet, 1h58m,
roteiro e direção de Isabel Coixet. Produção espanhola da Netflix, cuja
primeira exibição ocorreu em fevereiro de 2019 no Festival de Cinema de Berlim e
lançada em maio no circuito comercial da Espanha. A história é verídica,
baseada em acontecimentos ocorridos entre o fim do século 19 e começo do 20.
Para escrever o roteiro, Coixet se baseou no livro biográfico “Elisa e Marcela –
Más Allá de Los Hombres” (“Elisa e Marcela – Além dos Homens”, escrito por
Narciso de Gabriel. Elisa Sanchez Loriga (Natalia de Molina) e Marcela Gracia
Ibeas (Greta Fernández) se conhecem ainda jovens quando cursavam a Escola de
Formação de Professores e o amor foi à primeira vista. Daí para a cama foi um
passo. Em 1901, elas resolveram se casar e, para isso, Elisa se travestiu de homem,
intitulando-se Mario e utilizando os documentos de um tio falecido. Casaram-se
na Igreja de San Jorge, na região de Coruña, na Galícia. Embora o padre tenha
sido enganado, o casamento foi legalmente oficial, tendo sido considerado mais
tarde a primeira união homossexual da Europa. Não demora muito para que a verdadeira
identidade de Mario seja revelada, culminando com a prisão das duas amantes,
que depois são obrigadas a fugir para Portugal e depois para a Argentina.
Rodado em preto e branco, o filme contém cenas ardentes de sexo entre as protagonistas,
mas sem chocar, tudo filmado com bom gosto erótico e nada explícito. Como aval
de qualidade, lembro que a roteirista e diretora espanhola Isabel Coixet tem no
currículo alguns bons filmes, como “Minha Vida Sem Mim”, “Confissões de um
Apaixonado” e “A Vida Secreta das Palavras”. A bela e excelente atriz Natalia
de Molina eu já conhecia de outros filmes. Recomendo!
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