sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020


“ELISA E MARCELA”, 2019, roteiro e direção de Isabel Coixet, 1h58m, roteiro e direção de Isabel Coixet. Produção espanhola da Netflix, cuja primeira exibição ocorreu em fevereiro de 2019 no Festival de Cinema de Berlim e lançada em maio no circuito comercial da Espanha. A história é verídica, baseada em acontecimentos ocorridos entre o fim do século 19 e começo do 20. Para escrever o roteiro, Coixet se baseou no livro biográfico “Elisa e Marcela – Más Allá de Los Hombres” (“Elisa e Marcela – Além dos Homens”, escrito por Narciso de Gabriel. Elisa Sanchez Loriga (Natalia de Molina) e Marcela Gracia Ibeas (Greta Fernández) se conhecem ainda jovens quando cursavam a Escola de Formação de Professores e o amor foi à primeira vista. Daí para a cama foi um passo. Em 1901, elas resolveram se casar e, para isso, Elisa se travestiu de homem, intitulando-se Mario e utilizando os documentos de um tio falecido. Casaram-se na Igreja de San Jorge, na região de Coruña, na Galícia. Embora o padre tenha sido enganado, o casamento foi legalmente oficial, tendo sido considerado mais tarde a primeira união homossexual da Europa. Não demora muito para que a verdadeira identidade de Mario seja revelada, culminando com a prisão das duas amantes, que depois são obrigadas a fugir para Portugal e depois para a Argentina. Rodado em preto e branco, o filme contém cenas ardentes de sexo entre as protagonistas, mas sem chocar, tudo filmado com bom gosto erótico e nada explícito. Como aval de qualidade, lembro que a roteirista e diretora espanhola Isabel Coixet tem no currículo alguns bons filmes, como “Minha Vida Sem Mim”, “Confissões de um Apaixonado” e “A Vida Secreta das Palavras”. A bela e excelente atriz Natalia de Molina eu já conhecia de outros filmes. Recomendo!    

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