terça-feira, 21 de maio de 2019


“UNA”, 2016, Inglaterra, 1h34m, roteiro e direção do australiano Benedict Andrews. Em sua estreia como roteirista e diretor – é mais conhecido como diretor de teatro -, Andrews conseguiu fazer um filme romanceado, embora o pano de fundo da história seja a pedofilia, abuso sexual e estupro. Na verdade, o filme é baseado na peça de teatro “Blackbird”, escrita pelo dramaturgo escocês David Harrower, que se inspirou num caso de um estupro cometido em 2003 pelo ex-fuzileiro norte-americano Toby Studebaker, que sequestrou e abusou de uma menina de 12 anos, acabando na prisão por quatro anos. No filme, a adaptação da peça teatral ganhou uma nova abordagem, aliviando um pouco a conotação de crime sexual. A adolescente Una (Ruby Stokes), de 13 anos, é abusada sexualmente por um homem bem mais velho, Ray (o ator australiano Ben Mendelsohn), seu vizinho e, pior, amigo de seu pai. O caso vai parar na polícia, e Ray vai para a cadeia por quatro anos. Quando sai da prisão, resolve mudar o nome para Peter. Quinze anos depois, Una (agora interpretada por Rooney Mara) reencontra Ray/Peter, que está casado e tem uma filha. Ela quer discutir a antiga relação, talvez se vingar, num acerto de contas? Nessa parte, o diretor Andrews carrega no suspense. Una vai até a fábrica onde Ray/Peter trabalha, tumultua o ambiente e o deixa na maior “saia justa” perante os seus colegas de trabalho. Como terminará a história? Haverá algum corpo estendido no chão? Não vou dar a resposta, que você só terá assistindo. Devo recomendar? Dúvida cruel...                    

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