Não
fosse a presença de Meryl Streep e a excelente trilha sonora – rock da melhor
qualidade – e “RICKI AND THE FLASH: DE VOLTA PRA CASA” (“Ricki and
the Flash”), 2015, seria mais um drama familiar mediano. Mas Meryl inunda a tela com
sua habitual competência e versatilidade, transformando o filme num bom
programa. Ela interpreta Ricki Rendazzo, que há muitos anos abandonou o marido
e os três filhos para seguir a carreira de roqueira. Teve algum sucesso, lançou
até um disco, mas depois passou a tocar em barzinhos de segunda classe com a
banda “The Flash”. Até que um dia seu ex-marido Pete Brummel (Kevin Kline)
telefona pedindo ajuda por causa da filha Julie (Mamie Gummer, filha de Meryl
na vida real), que entrou em depressão por ter sido abandonada pelo marido. Ao
visitar a filha, Ricki também reencontrará seus dois outros filhos, e não será
fácil para ela explicar por que ficou tantos anos sem vê-los. Num desabafo perante
uma pequena plateia, Ricki diz que se fosse homem seria perdoado. Mas é uma
roqueira mulher, e mãe, aí ninguém perdoa. “Mike Jagger teve sete filhos com
mulheres diferentes e nunca está presente. Ele é homem, aí todo mundo perdoa", diz ela.
O roteiro leva a assinatura de Diablo Cody (pseudônimo de Brook Busey), de “Juno”
e “Garota Infernal”, entre outros. O diretor é Jonathan Demme (“O Silêncio dos
Inocentes” e “Filadelfia”). A trilha sonora traz hits de Tom Petty e Bruce
Springsteen, entre outros. Repare nas apresentações da banda “The Flash”. O
baixista, Rick Rosas, morreu logo após as filmagens. O filme é dedicado a ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário