“A MULA” (“The Mule”), 2018,
EUA, 1h55m, é o mais novo filme dirigido por Clint Eastwood. Ele também interpreta
o personagem principal, Earl Stone, um idoso de 90 anos preso depois de transportar,
durante dois anos, mais de 1 tonelada de drogas a serviço do cartel mexicano Sinaloa.
Utilizando sua velha pick-up e depois uma mais moderna, Stone levava drogas do México
para Michigan. Stone foi escolhido porque tinha o perfil perfeito para passar sem
desconfianças pela fronteira e pelas barreiras policiais. Além do fato de ser
um idoso de aspecto ilibado, embora um péssimo pai e marido, era respeitado
como cidadão que lutou durante a Segunda Guerra Mundial contra os nazistas na
Itália e também como paisagista, decorador e floricultor. Porém, nem ele nem os
traficantes contavam com a astúcia da equipe comandada pelo agente Colin Bates
(Bradley Cooper), do Departamento de Narcóticos dos EUA. Ainda fazem parte do elenco de "A Mula" Dianne West, Taissa Farmiga (irmã de Vera), Andy Garcia, Laurence Fishburn, Michael Peña e Alison Eastwood (filha mais velha de Clint). Embora difícil de
acreditar, a história é totalmente baseada em fatos reais. Ou seja, na vida do
norte-americano Leo Earl Sharp (1924-2016), preso em 2011 e condenado a cumprir uma
pena de três anos. Também conhecido como “El Tata”, Sharp trabalhou para o
cartel de drogas comandado pelo poderoso chefão mexicano Laton, no filme interpretado
por Andy García. Para escrever o roteiro, Nick Schenck (“Gran Torino”, também dirigido
e interpretado por Eastwood) se inspirou na reportagem “A Mula de Drogas
de 90 Anos do Cartel Sinaloa”, escrita por Sam Dolnick e publicada pelo Jornal
New York Times em 2014. Para quem viu tantos filmes ótimos com a assinatura de
Eastwood, "A Mula" certamente será motivo de decepção. Sem dúvida, um dos mais fracos do grande astro norte-americano. Em todo caso, Eastwood é
Eastwood, e só por isso vale colocar o filme para rodar.
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