“CORO”
(“CHORUS”), 2015, Canadá, 1h36, escrito e dirigido por François
Delisle. Filmado em preto e branco e falado em francês, “Coro” é um drama
bastante pesado, beirando o limite do depressivo. Dez anos depois de ter desaparecido misteriosamente, o
corpo de Hugo, um garoto de oito anos, foi descoberto enterrado numa zona
rural. Irene (Fanny Mallette), a mãe, é avisada. Ela entra em contato com Christophe
(Sébastian Ricard), ex-marido e pai do menino, que agora mora no México. Ela
pede a ele que venha com urgência para ajudá-la a enfrentar a situação:
depoimentos à polícia, reconhecimento dos objetos do filho, velório, enterro etc. Ao se
reencontrarem, após cerca de dez anos separados, Irene e Christophe engatam uma
possibilidade de reconciliação. Antes, porém, terão que enfrentar situações
bastante desagradáveis, tais como assistir ao vídeo no qual o pedófilo Jean-Pierre
Blake (Luc Senay) confessa o crime e o descreve em detalhes dos mais
escabrosos. Eu gostei do filme. Achei muito bem feito, uma fotografia em preto
e branco muito bonita e um elenco de primeira, destaque para os dois protagonistas
principais e a presença marcante da veterana atriz canadense Genevíève Bujold, que
chegou a ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 1969 por “Ana dos Mil Dias”,
quando interpretou magistralmente Ana Bolena, a segunda esposa do rei inglês
Henrique VIII. Foi ótimo revê-la na telinha.
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