quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Maior
sucesso de bilheteria nos últimos anos na Argentina, “O CLÔ (“El Clã”), 2015, é mais um ótimo filme
assinado pelo diretor Pablo Trapero. O drama argentino, baseado em fatos reais,
conta a história da família Puccio, cujo patriarca, Arquímedes (Guillermo
Francella), planejou e executou diversos sequestros no período de 1983 a 1985,
utilizando sua própria casa como cativeiro das vítimas. Vítimas, aliás, que
eram assassinadas mesmo depois do pagamento do resgate. Para colocar em prática
seus crimes, Arquímedes contava com a colaboração de dois de seus filhos,
Alejandro (Peter Lanzano) e Daniel “Maguila” (Gastón Cocchiarale), além de dois
ex-oficiais do exército argentino, assim como ele, ligados ao governo na época
da ditadura. Arquímedes, por exemplo, era membro do Serviço de Inteligência da
Força Aérea e integrante da Anti-Aliança Comunista Argentina. A esposa de
Arquímedes fingia que não sabia de nada, assim como as filhas. Embora relate
uma história sórdida e macabra, o filme é excelente, roteiro enxuto e elenco de
primeira. Seu lançamento mundial aconteceu no Festival de Veneza 2015. Logo
depois, seria selecionado para representar a Argentina no Oscar 2016 de Melhor
Filme Estrangeiro. Mais um gol de placa de Pablo Trapero, diretor de filmes
excelentes como “Elefante Branco”, “Abutres” e “Leonera”.
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