quinta-feira, 23 de junho de 2016

Deus existe e mora em Bruxelas (Bélgica). Este é o ponto de partida da comédia belga “O NOVÍSSIMO TESTAMENTO” (“Le Tout Nouveau Testemant”), 2015, 113 minutos. Aqui, Deus (Benoît Poelvoorde) é casado e tem uma filha de 10 anos. É um cinquentão rabugento, beberrão e fumante inveterado. Passa o dia de pijama na frente do computador, inventando catástrofes naturais, guerras e graves acidentes, além de tramar de que forma cada um dos habitantes da Terra deve morrer. A filha de Deus, Ea (Pili Groyne), com a ajuda do irmão JC, resolve interferir nos projetos do Pai, alterando os programas do computador divino. Dessa forma, envia mensagens, via internet, aos celulares das pessoas, informando da data que cada uma vai morrer. Daí para frente, só confusão. Claro que é uma fantasia, um filme surreal, escrito e dirigido por Jaco Van Dormael (“O Oitavo Dia”). O Vaticano e os católicos mais fervorosos não devem ter gostado. Claro que, se a história envolvesse Maomé, diretor e produtores já teriam sido assassinados. Não achei o filme ofensivo, pois entendi que não passa de uma brincadeira. Apenas uma comédia ousada e irreverente. O filme representou a Bélgica na disputa do Oscar 2016 de Melhor Filme Estrangeiro. No elenco, além de Poevoorde, estão Yolande Moreau, Catherine Deneuve e François Damiens. Um filme mais interessante do que bom.   

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