“A LAGOSTA” (“THE LOBSTER”), 2014, Grécia/Inglaterra. Dos filmes esquisitos ou meio malucos que vi
nos últimos anos, este talvez seja o mais interessante. Produção de primeira,
elenco de astros (veja abaixo), fotografia primorosa e uma história, embora
fantasiosa, bastante digerível. Os diálogos foram construídos na base do nonsense, acentuando o humor negro que
atravessa o filme na maioria das cenas. A ficção não é datada, apenas presumida
como se fosse um ano qualquer do futuro. As pessoas não podem viver sozinhas,
não podem ser solteiras. Aquelas que estão nessa condição são detidas e levadas
para um hotel no meio da floresta. Se não encontrarem um (a) parceiro (a) em 45
dias, serão transformadas num animal de sua própria escolha. No caso do
arquiteto David (Colin Farrel, gordo como nunca se viu), numa lagosta (daí o título). A história toda
gira em torno de David, “hospedado” no tal hotel. Ali, ele será obrigado a
conviver com os tipos mais esquisitos e obedecer a normas das mais estranhas e estapafúrdias.
O diretor grego Yorgos Lanthimos (de “Dente Canino”), co-autor do roteiro, deve ter bastante
prestígio, pois neste seu primeiro filme em língua inglesa conseguiu um elenco
de primeira linha. Além de Farrel, trabalham Rachel Weisz (esposa de Daniel
Craig, o atual James Bond), Léa Seydoux, Jessica Barden, Olivia Colman, John C.
Reilly, Ariane Labed, Ashlei Jensen e Ben Whishaw. O filme teve sua exibição de
estreia no Festival de Cannes 2015, com ótimas críticas. Para sair da mesmice
das fitas comerciais, indico esta como opção das mais interessantes.
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