“A ÚLTIMA PRINCESA” (“DEOKHYEONGJU”), 2016, Coreia do Sul. Belíssimo
trabalho de reconstituição histórica do roteirista e diretor Jin-Ho Hur,
enfocando a turbulenta trajetória de vida da Princesa Deokhye (1912-1989), última
remanescente da Dinastia Joseon (1392-1897). A história, baseada no livro "Princesa Deokhye", de Kwon Bi-Young, começa quando a princesa,
ainda menina, vê o seu pai (Rei Gojong) morrer envenenado. Na época, a Coreia
era dominada pelo Japão. Quando perceberam que a princesa poderia causar
problemas, os japoneses a exilaram no Japão, onde foi obrigada a casar com o
Conde So Takeyukim, membro importante da monarquia imperial japonesa. De tão
infeliz, principalmente por não poder voltar ao seu país, Deokhye acaba
sofrendo um colapso e é internada num hospital psiquiátrico. Muitos anos
depois, graças ao empenho de um antigo amigo, Jang-Han (Park Hae II), a
princesa consegue finalmente voltar à Coreia. Deokhye é interpretada na juventude
por So-Hyun Kim e, na fase adulta, por Son Ye Jin. O filme é irresistível, não
apenas pelo fundo histórico e político – uma aula de história coreana –, mas também pela caracterização de
época, cenários deslumbrantes e uma fotografia da mais alta qualidade. Recomendo
também outro filme cujo pano de fundo é a resistência coreana ao domínio
japonês: “A Era da Escuridão”.
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