quinta-feira, 26 de outubro de 2017

“A ÚLTIMA PRINCESA” (“DEOKHYEONGJU”), 2016, Coreia do Sul. Belíssimo trabalho de reconstituição histórica do roteirista e diretor Jin-Ho Hur, enfocando a turbulenta trajetória de vida da Princesa Deokhye (1912-1989), última remanescente da Dinastia Joseon (1392-1897). A história, baseada no livro "Princesa Deokhye", de Kwon Bi-Young, começa quando a princesa, ainda menina, vê o seu pai (Rei Gojong) morrer envenenado. Na época, a Coreia era dominada pelo Japão. Quando perceberam que a princesa poderia causar problemas, os japoneses a exilaram no Japão, onde foi obrigada a casar com o Conde So Takeyukim, membro importante da monarquia imperial japonesa. De tão infeliz, principalmente por não poder voltar ao seu país, Deokhye acaba sofrendo um colapso e é internada num hospital psiquiátrico. Muitos anos depois, graças ao empenho de um antigo amigo, Jang-Han (Park Hae II), a princesa consegue finalmente voltar à Coreia. Deokhye é interpretada na juventude por So-Hyun Kim e, na fase adulta, por Son Ye Jin. O filme é irresistível, não apenas pelo fundo histórico e político – uma aula de história coreana , mas também pela caracterização de época, cenários deslumbrantes e uma fotografia da mais alta qualidade. Recomendo também outro filme cujo pano de fundo é a resistência coreana ao domínio japonês: “A Era da Escuridão”.              


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