Sempre
gostei muito de filmes que envolvem a Máfia. Sejam norte-americanos, franceses,
ingleses ou de outro país qualquer. Melhor ainda se forem italianos e baseados
em fatos reais, como “SUBURRA”, 2015, roteiro e direção de Stefano
Sollima, 2h15m. A história foi inspirada no romance do mesmo nome escrito em 2013
por Carlo Bonini e Giancarlo de Cataldo, cujo enredo remete a 2011, ano quem
que os fatos aconteceram. Naquele ano, um projeto milionário estava mobilizando
a política de Roma. A criação de um polo turístico com cassinos e hotéis de
luxo na cidade litorânea de Óstia com a intenção de transformá-la numa Las
Vegas italiana. Nos bastidores, porém, o negócio envolvia gangues de mafiosos, políticos,
empresários e até um importante cardeal do Vaticano. A região escolhida também
era disputada pelas máfias do sul da Itália, que pretendiam implantar um porto que
seria utilizado para o tráfico de drogas. A tensão vai crescendo pouco a pouco,
o que faz o espectador esperar um desfecho com banho de sangue, o que de fato
acontece. “Suburra” destaca como principais protagonistas o deputado corrupto
Filippo Malgradi (Perfrancesco Favino), chegado a festas íntimas com prostitutas regadas a cocaína, um temido mafioso conhecido por “Samurai”
(Claudio Amendola), o violento Manfredi Anacleti (Adamo Dionisi), chefe de uma
gangue de imigrantes romenos, o delinquente conhecido pelo apelido de “Número 8”
(Alessandro Borghi), que se acha dono de Óstia e exige participação no negócio,
e sua namorada Viola (Greta Scarano), uma jovem drogada que, no desfecho, assumirá
um papel importante na história. Para complementar o comentário, lembro que o nome Suburra diz respeito a um populoso bairro da periferia de Roma, onde a pobreza ainda é a principal característica. Como não poderia deixar de ser, “Suburra” é
bastante violento, tenso ao limite, mas muito bem feito. Imperdível!
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