“TRISTEZA E ALEGRIA” (“Sorg
og Glaede”), Dinamarca, 2013, roteiro e direção de Nils Malmros. Esqueça a “Alegria”
do título. O filme é só “Tristeza”. Já começa de forma trágica. O cineasta
Johannes (Jakob Cedergren) chega em casa e é surpreendido pela notícia de que
sua esposa Signe (Helle Fagralid) acabara de assassinar a filha de 9 meses de
idade. Cabe aqui uma explicação: Signe há muito tempo é maníaco-depressiva,
deixou de tomar os remédios com a concordância do marido e, num surto
psicótico, acabou matando a filha cortando-lhe a garganta. Para tentar entender
o que aconteceu, Johannes procura o dr. Birkemose (Nicolas Bro), psiquiatra que
cuidava de Signe. Durante a conversa entre os dois, o filme volta no tempo e
conta como o romance entre Johannes e Signe começou. Signe tinha um ciúme
doentio do marido, principalmente com relação às atrizes que ele dirigia. Ela
não parava de chorar, um sinal evidente da doença. Quando a filhinha nasceu,
imaginava-se que Signe poderia melhorar, mas não foi o que aconteceu. Os dois
principais protagonistas são interpretados por ótimos atores, principalmente
Helle Fagralid. Não custa nada repetir: é um filme pesado, muito triste, mas
excelente sob o ponto de vista cinematográfico. Na verdade, foi um ato de grande
coragem do diretor Nils Malmros, que escreveu a história baseado no que
aconteceu em sua vida particular no início dos anos 80.
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