segunda-feira, 29 de outubro de 2018


“TRISTEZA E ALEGRIA” (“Sorg og Glaede”), Dinamarca, 2013, roteiro e direção de Nils Malmros. Esqueça a “Alegria” do título. O filme é só “Tristeza”. Já começa de forma trágica. O cineasta Johannes (Jakob Cedergren) chega em casa e é surpreendido pela notícia de que sua esposa Signe (Helle Fagralid) acabara de assassinar a filha de 9 meses de idade. Cabe aqui uma explicação: Signe há muito tempo é maníaco-depressiva, deixou de tomar os remédios com a concordância do marido e, num surto psicótico, acabou matando a filha cortando-lhe a garganta. Para tentar entender o que aconteceu, Johannes procura o dr. Birkemose (Nicolas Bro), psiquiatra que cuidava de Signe. Durante a conversa entre os dois, o filme volta no tempo e conta como o romance entre Johannes e Signe começou. Signe tinha um ciúme doentio do marido, principalmente com relação às atrizes que ele dirigia. Ela não parava de chorar, um sinal evidente da doença. Quando a filhinha nasceu, imaginava-se que Signe poderia melhorar, mas não foi o que aconteceu. Os dois principais protagonistas são interpretados por ótimos atores, principalmente Helle Fagralid. Não custa nada repetir: é um filme pesado, muito triste, mas excelente sob o ponto de vista cinematográfico. Na verdade, foi um ato de grande coragem do diretor Nils Malmros, que escreveu a história baseado no que aconteceu em sua vida particular no início dos anos 80.  

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