“CRISE EM SEIS CENAS” (“CRISIS
IN SIX SCENES”), 2016, Estados Unidos, minissérie da Prime
Vídeo, roteiro e direção de Woody Allen. Mesmo sendo fã incondicional de Allen,
não sei como deixei escapar essa minissérie que o cineasta escreveu e dirigiu
para a Amazon Studios. Ambientados na segunda metade da década de 60, são seis
episódios curtos, de cerca de 23 minutos cada um, com Allen atuando como Sidney
J. Munsinger, um redator de comerciais que se vê envolvido em várias confusões
desde que sua esposa Kay (Elaine May) resolve esconder em sua casa a ativista Lennie
Dale (Miley Cyrus), procurada pela polícia de Nova Iorque depois de assaltar um
banco. Neurótico como todo personagem que já viveu no cinema, Woody fica
apavorado com a possibilidade de também ser preso como cúmplice. As confusões
não dizem respeito apenas à ativista, mas também ao grupo de mulheres que se
reúnem semanalmente na casa, os pacientes de Kay, que é psicóloga, além do jovem Alan
(John Magaro), outro hóspede, e outros tantos personagens que surgem a cada
episódio. O desfecho é hilariante. Resumindo, a minissérie - a única de Allen –
traz o melhor de Woody Allen: diálogos inteligentes e irônicos alternando temas
como filosofia, história e literatura, e ainda piadas sobre religião, política
e comportamento social. Destaque para a participação da atriz Rachel Brosnahan,
que logo depois faria grande sucesso na série “Maravilhosa Sra. Maisel” e em
outros filmes. A crítica profissional não gostou de “Crise em Seis Cenas”,
assim como o próprio Allen, mas eu me diverti muito. Imperdível!

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