sábado, 7 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
“A DEMORA” (“La Demora”), 2012,
Uruguai, direção de Rodrigo Plá, é um drama comovente, sensível e, ao mesmo
tempo, muito triste, de cortar o coração. Mas muito bem feito, tanto que foi
premiado em vários festivais pelo mundo afora, inclusive no prestigioso
Festival de Berlim. O filme centra toda sua ação na situação desesperadora de
Maria (Roxana Blanco), uma quarentona mãe solteira de três filhos
pré-adolescentes que se vira do avesso para colocar dinheiro dentro de casa e
cuidar do pai Agustín (Carlos Vallarino), um senhor que sofre de confusão
mental e perda de memória. Um dia, ela não aguenta mais e pede socorro à irmã,
que poderia cuidar do pai por um tempo. A irmã inventa mil desculpas para se
livrar da tarefa. Nem visitar o pai ela vai mais. Sem outra saída, Maria decide
colocar Agustín num abrigo de idosos. Também não consegue. Num ímpeto
desesperado, ela resolve adotar uma atitude radical, que muita gente pensa, mas
não tem coragem de fazer: abandonar o velho numa praça. O que acontece depois,
só vendo o filme. Aliás, o drama merece ser visto também pela sensacional
interpretação da dupla central de atores, Roxana Blanco e Carlos Vallarino,
ambos premiados pelo seu desempenho. Enfim, um filme que certamente emocionará
quem vive ou viveu problema semelhante ao de Maria, um tipo de sofrimento que acaba
com qualquer pessoa.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
“A GAROTA DA BICICLETA” (Girl on a Bicycle”), 2013, é o famoso filme “Nações Unidas”. É uma
produção made USA, com direção de um norte-americano (Jeremy Leven, de “Don
Juan DeMarco”) e tem nos principais papéis um ator italiano (Vincenzo Amato),
uma atriz alemã (Nora Tschirner), uma atriz francesa (Louise Monot) e um ator inglês
(Paddy Considini). Além disso, é todo ambientado em Paris. Trata-se de uma ótima
comédia romântica, muito divertida e movimentada. Conta a história de Paolo
(Amato), motorista de um ônibus turístico que percorre a capital francesa. Ele está noivo da aeromoça alemã
Greta (Tschirner), mas isso não o impede, como bom italiano, de se enrabichar pela bela Cécile
(Monot), a tal garota da bicicleta do título. Só que Paolo não poderia imaginar
que, ao se envolver com Cécile, iria se meter na maior confusão, o que vai
colocar em risco o seu noivado com Greta e envolver seu amigo Derek (Considini).
Embora tenha sido rotulado de comédia romântica, é mais comédia do que romance
e as situações são bastante engraçadas. Os quatro atores principais sustentam o
humor com muita competência, em especial a alemã Nora Tschirner como a noiva
desconfiada, e o italiano Vincenzo Amato como o atrapalhado Paolo. Louise Monot é linda e muito sexy,
além de ótima comediante. Um filme delicioso e divertido, ideal para afastar o estresse. Simplesmente imperdível!
“PÁLPEBRAS
AZUIS” (“Párpados Azules”), 2007, é um drama mexicano premiadíssimo em vários
festivais pelo mundo, tendo conquistado inclusive o Prêmio Especial do Júri no Sundance
Film Festival, além de competir na 46ª Semana da Crítica Internacional no
Festival de Cannes. Consagração exagerada, já que o filme não tem tantas
qualidades para merecer tanto. A história é centrada na jovem Marina Farfán (Cecília
Suarez), funcionária de uma loja que comercializa uniformes. Solitária, apática
e introvertida, ela não tem amigos nem namorado, mora sozinha e seu semblante
dá ideia de mulher infeliz. Na festa de 47º aniversário da loja, um sorteio
premiará um funcionário com uma viagem de 10 dias, com tudo pago, para um hotel
na praia de Salamandra. Marina é a vencedora. Só que tem um problema: o prêmio
dá direito a um acompanhante. Ela logo pensa na irmã Lucy (Tiara Scanda). Não
dá certo. Aí ela recorre a Victor Minas (Enrique Arreola), que ela conhece numa
padaria. Victor, tal qual Marina, também é estranho e solitário. Os dois vivem
numa solidão tão grande que o único prazer de ambos é justamente o prazer
solitário. Antes da viagem, eles se encontram algumas vezes para se conhecer
melhor. Os diálogos entre os dois são mínimos. O relacionamento é feito de
silêncios. Um dia, ao sair para dançar com Victor, Marina pinta suas pálpebras
de azul, cena que inspirou o título do filme. A produção mexicana marca a
estreia do diretor Ernesto Contreras e da própria atriz Cecília Suarez. É um
filme bastante interessante. Vale a pena conferir.
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