“ATÉ A ÚLTIMA GOTA” (“STRAW”), 2025,
Estados Unidos, 1h48m, em cartaz na Netflix, roteiro e direção de Tyler Perry.
Imagine você acordar e logo receber a notícia de que vai ser despejada por falta de pagamento. Assim
começou o dia de Janiyah Witkins (Taraji P. Henson), uma mãe solteira prestes
também a perder o emprego cujo salário mal dá para sobreviver e pagar os remédios da filha
doente. Já à beira de um ataque de nervos, ela ainda enfrentará muitos
problemas, como se envolver numa confusão de trânsito com um policial e ainda
ser acusada de assalto. E pior, de homicídio. Desesperada, ela entra na sua agência
bancária para descontar um cheque, o que lhe é negado. É a gota d’água (ou a
última gota do título) para ela se armar com uma pistola e ameaçar todo mundo,
mobilizando a polícia local, a SWAT e até o FBI. O filme lembra muito “Um Dia
de Fúria”, com Michael Douglas, um grande sucesso de 1993. A tensão predomina do
começo ao desfecho, destacando a excelente atuação da atriz Taraji P. Henson,
comprovando a mesma competência que já demonstrou em outros filmes, como o ótimo “Estrelas
Além do Tempo”, (2016), “Proud Mary” (2018) e “A Cor Púrpura” (2023), entre
outros. Embora eu tenha gostado de “Até a Última Gota”, me incomodou de novo o fato
do cineasta Tyler Perry escalar praticamente todo o elenco com atores negros,
embora na maioria dos seus filmes, inclusive neste, ele introduz sempre a
questão do racismo nos Estados Unidos, quando quase todas as atrizes apareçam
com os cabelos alisados, uma incoerência constante de Perry.
quarta-feira, 25 de junho de 2025
segunda-feira, 23 de junho de 2025
domingo, 22 de junho de 2025
EXPIAÇÃO (SWIETY), 2023, coprodução Polônia/Hungria, 1h45m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e
direção de Sebastian Buttny. Trata-se de um suspense policial com pano de fundo
político e religioso. A história é baseada em fatos reais, ou seja, as
consequências do roubo da estátua de Santo Adalberto na catedral da cidade de
Gniezno, na Polônia. O ano é 1986 e o caso teve grande repercussão no país,
pois Santo Adalberto, também conhecido como Wojciech, foi uma figura central na
história do país, um missionário e bispo célebre por difundir o cristianismo
entre os povos eslavos no século 10. O tenente Andrzej Baran (Mateusz
Kosciukiewicz), da Milícia dos Cidadãos, ficou encarregado de investigar a
autoria do roubo. Durante o seu trabalho, porém, ele começou a receber pressão de
setores da Igreja, autoridades policiais e do governo comunista por intermédio
do Ministério da Segurança Pública (SB), o equivalente polonês da KGB. Até o
desfecho o espectador acompanhará todo o trabalho do tenente Andrzej, suas idas e
vindas ao local do roubo e ainda uma série de interrogatórios que o ajudarão na
solução do caso. Uma das cenas mais poderosas do filme é aquela em que acontece
a reconstituição do roubo, acompanhada por policiais, padres, imprensa e centenas de
devotos do Santo Adalberto. O roteiro não facilita o entendimento da história para o espectador, tornando EXPIAÇÃO um filme não destinado ao grande público, mas é
muito interessante e bem feito.
sábado, 21 de junho de 2025
“O ÚLTIMO RESPIRO” (“LAST
BREATH”), 2025, coprodução Estados Unidos/Inglaterra/Irlanda do
Norte, 1h33m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Alex Parkinson (“Lucy, O
Chimpanzé Humano”, A Vida dos Leopardos”), que também assina o roteiro ao lado
de Mitchel LaFortune e David Brooks. O filme conta uma história incrível de
sobrevivência ocorrida em setembro de 2012. Uma equipe de mergulhadores profissionais
sai do porto da cidade de Aberdeen, na Escócia, a bordo do navio “Bibby Topaz”,
para realizar uma manutenção periódica de equipamentos localizados em águas
profundas do Mar do Norte. Enquanto dois mergulhadores descem numa “gaiola” para fazer
o serviço, a embarcação, devido ao mau tempo e mar agitado, sofre problemas no
sistema de posicionamento dinâmico, ficando praticamente à deriva. Nessa hora,
o cordão de sustentação de um dos mergulhadores se parte e ele fica praticamente
isolado nas profundezas, preso num equipamento a cerca de 100 metros de
profundidade e restando apenas 10 minutos de oxigênio. Pouco tempo para que o
seu resgate seja possível. Somente 29 minutos depois que o seu oxigênio
terminou é que um outro mergulhador consegue puxá-lo de volta à gaiola. Dado
inicialmente como morto, o mergulhador consegue literalmente ressuscitar, um
verdadeiro milagre que nem a ciência e os especialistas conseguem explicar. “O
Último Respiro” conta toda essa história com muita competência, destacando as
primorosas imagens submarinas e uma tensão que leva o espectador a eriçar os
pelos da nuca. O elenco conta com Finn Cole, Woody Harrelson, Simu Liou, Cliff Curtis,
Myanna Buring, Bobby Raisnbury, Djimon Hounsou e Mark Bonnar. A ideia do filme
surgiu depois que o próprio diretor Alex Parkinson realizou o documentário “Last Breath”,
em 2019, contando a história sob o ponto de vista jornalístico, provando que o
mergulhador profissional é uma das profissões mais perigosas do mundo. Trocando
em miúdos, “O Último Respiro” é um filmaço! Para encerrar, lembro que após o
desfecho aparecem imagens de alguns dos personagens reais que viveram aquela
grande aventura.
quinta-feira, 19 de junho de 2025
“MIKAELA”, 2025,
Espanha, 1h30m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Daniel Calparsoro (“O
Aviso”, “O Engregador”, “Até o Céu”) e roteiro direção de Arturo Ruiz. A tal “Mikaela”
do título é o nome que as autoridades espanholas deram à violenta nevasca sem precedentes que
atingiu e paralisou as estradas na região entre Madrid e Segóvia no feriado
religioso do Dia dos Reis, no dia 6 de janeiro. Ou seja, em pleno inverno. Impedidos
de circular, os veículos ficaram parados à noite nas estradas. Numa delas, três
assaltantes se aproveitam do caos e roubam um carro-forte, matando seus seguranças
e fugindo com o dinheiro. O alarme é acionado e chega ao conhecimento do
policial veterano Leo (Antonio Resines), que também está preso no enorme
congestionamento. Com a ajuda de uma policial novata (Natalia Azahara), Leo
parte para a ação contra os assaltantes, que na fuga ainda sequestram um pai de
família. Toda a ação é acompanhada pela central de monitoramento da polícia,
que orienta a dupla de policiais na perseguição aos assaltantes debaixo de
muita neve. A tensão não para até o desfecho, o que torna “Mikaela” um ótimo
entretenimento, dosado com algumas boas cenas de ação e humor. Completam o elenco Roger Casamajor,
Adriana Torrebejano, Antón Pavel, Cristina Kovani, Patricia Vico, Rocio Muñoz,
Bernabé Fernández e Javier Albalá.
segunda-feira, 16 de junho de 2025
“TEMPO DE GUERRA” (“WARFARE”),
2025, Estados Unidos, 1h35m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção de Ray
Mendoza e Alex Garland (“Guerra Civil”). É um filme para espectadores de
estômago forte, ainda mais por ser baseado em fatos reais. O ano é 2006 durante
a Guerra do Iraque e o cenário é a cidade de Ramadi, ocupada por militantes ligados à Al Qaeda. Um pelotão
de fuzileiros navais do exército dos Estados Unidos ocupa uma casa estrategicamente
localizada para vigiar os movimentos dos guerrilheiros. Só que o tirou saiu
pela culatra, pois foram os inimigos que localizaram a casa, colocando-a sob
fogo intenso. Uma granada é jogada pela janela e fere gravemente dois soldados.
Pelo rádio, os norte-americanos pedem socorro médico e, minutos depois, chega
um tanque para resgatar os feridos. Durante o procedimento, uma bomba explode o
veículo, matando e ferindo gravemente mais outros soldados. Enfim, uma
carnificina, que depois acabou sendo chamada de “a batalha de Ramadi”. O
episódio foi vivido pelo co-diretor Ray Mendonza, ex-fuzileiro naval que estava
naquele pelotão. Dessa forma, o filme foi realizado de acordo com o relato de
Mendonza, mostrando a tensão dos soldados diante da possível invasão da casa
pelos terroristas, gerando cenas intensas de violência e suspense. Não tenho dúvida em afirmar que “Tempo
de Guerra” é um dos retratos mais viscerais sobre os horrores de uma guerra.
Lembrei de um filme bastante semelhante, “Falcão Negro em Perigo”, de 2001,
dirigido por Ridley Scott. “Tempo de Guerra” não é melhor, mas é tão bom
quanto. É igualmente perturbador, realista e claustrofóbico, com alto nível de
tensão. Quanto ao elenco, é formado por atores jovens que dão conta do recado. IMPERDÍVEL!, assim mesmo, em letras maiúsculas.
domingo, 15 de junho de 2025
“UM ÁLIBI” (“AN ALIBI”), 2022,
França, 1h30m, em cartaz na Prime Vídeo,
direção de Orso Miret, seguindo roteiro assinado por Emmanuel Mauro e Laurente Roggero.
Quem assistir a este suspense vai lembrar na hora do velho ditado popular “Mentira
tem Perna Curta”. A história é bem legal, prende atenção até o desfecho, graças
a um primoroso roteiro e um ótimo elenco. Quando um grupo de amigos chega à casa da amiga
aniversariante Lucie (Sara Martins), o cenário é trágico: ela está morta nos
braços do marido Max (Pascal Demolon). Eles chamam a polícia e, percebendo que Max,
todo cheio de sangue, poderá ser considerado suspeito, inventam um álibi. Interrogados
pela inspetora Garnier (Aurélia Petit), os amigos mantêm o álibi, mas a policial,
experiente, não cai na história. Sobra para o marido, que, embora negue ser o
culpado, é detido por ser o principal suspeito. O mistério sobre o assassinato
só será revelado perto do desfecho, numa reviravolta surpreendente. Completam o
elenco Annelise Hesme, Michaël Cohen, Yannick Choirat, Grégori Derangère e
Saverio Maligno. Sem dúvida, um filme bastante interessante e agradável de
assistir. Um suspense de primeira.
quinta-feira, 12 de junho de 2025
“A NOITE DAS BRUXAS” (“A
HAUNTING IN VENICE”), 2023, coprodução Inglaterra/Estados
Unidos/Itália, 1h43m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Kenneth Branagh, que
também assina o roteiro com Michael Green. Este é o terceiro filme da trilogia
adaptada para o cinema pelo ator e cineasta inglês Kenneth Branagh da obra da
escritora Agatha Christie. O primeiro foi “Assassinato no Expresso Oriente (2017),
e o segundo “Morte no Nilo” (2022), sempre com Branagh atuando no papel do
inspetor Hercule Poirot. “A Noite das Bruxas” foi adaptado do livro “Hallowe’en
Party”, de 1969. A história é ambientada em 1947, quando Poirot curte sua
aposentadoria em Veneza, protegido pelo seu guarda-costas italiano Vitale
Portfloglio (Ricardo Scamarcio). Mas seu descanso não durará muito. Ao receber
a visita de sua amiga Ariadne Oliver (Tina Fey), uma escritora de romances de
mistério, ele aceita participar de uma sessão espírita na casa da cantora
lírica Rowena Drake (Kelly Reilly). A convidada especial é a misteriosa médium
sra. Reynolds (Michelle Yeoh). Rowena promoveu a reunião para tentar se
comunicar com a filha, que morreu afogada meses antes. Após o encerramento da
sessão, porém, mais uma morte misteriosa acontece, levando Poirot a acreditar
que o assassino está entre os convidados. E por aí vai a história, quando o
responsável pelas mortes será revelado adivinha por quem? Poirot, claro.
Completam o ótimo elenco Tina Fey, Camille Cottin, Jamie Dornan, Rowan Robinson,
Kyle Allen e Emma Laird. O filme é ótimo, destacando-se a primorosa direção de
arte, fotografia (Haris Zambarloukos), cenários, figurinos e, em especial, a vista aérea de Veneza
na cena que antecede os créditos finais, um espetáculo visual de levantar da poltrona
e aplaudir de pé. Trocando em miúdos, “A Noite das Bruxas” fecha com chave de
ouro a trilogia de Kenneth Branagh. Imperdível!
terça-feira, 10 de junho de 2025
“FÚRIA PRIMITIVA” (“MONKEY MAN”), 2024,
coprodução Estados Unidos/Canadá/Índia/Cingapura, 2h1m, em cartaz na Prime
Vídeo, direção de Dev Patel, que também assina o roteiro com a colaboração de
Paul Angunawela e John Collee. Este filme de ação marca a estreia do ator inglês
de origem indiana Dev Patel no roteiro e direção (a história foi criada por
ele). Como ator, ele é conhecido por filmes como “Quem Quer Ser um Milionário”,
“Lion: Uma Jornada para Casa” e “A Lenda do Cavaleiro Verde”, entre outros. Em “Fúria
Primitiva”, ambientado na Índia, ele vive o papel de Kid, um jovem que cresceu
com o trauma de ter visto a mãe e toda a população do vilarejo em que morava
assassinada por policiais a mando de um poderoso político. Para se sustentar,
Kid participa de lutas clandestinas, nas quais usa uma máscara de gorila – seus
adversários usam máscaras de outros animais. Enfim, um zoológico sangrento no
ringue. Quando tenta iniciar uma vingança contra aqueles que assassinaram sua
mãe, Kid é ferido com gravidade e acaba sendo acolhido por uma comunidade Hijra,
constituída por pessoas transgênero, intersexo e eunucos, todas devotas da
deusa Bahuchara Mata – pesquisei no Google, e essa comunidade realmente existe.
Curado de seus ferimentos, Kid aspira um pó mágico – tipo espinafre do
Popeye - que lhe dá força e coragem para consumar seu objetivo de vingança. Com
sangue nos olhos e uma enorme raiva reprimida, lá vai nosso herói atrás dos
assassinos, principalmente o chefe de polícia Rana Singh (Sikandar Kher) e o
próprio Baba Shakt (Makarand Deshpande), o poderoso líder político. A violência
corre solta até o final, com muita ação, pancadaria e sangue jorrando. As cenas
são muito bem realizadas. Como já aconteceu com outros filmes cujo herói parte
para a vingança na base da violência, os críticos profissionais logo o comparam
com o personagem John Wick, que ficou famoso com o ator Keanu Reeves. Assim
aconteceu também com este “Fúria Primitiva”, já chamado de “o novo John Wick” e
ainda com o recém-lançado “Bailarina”, cuja heroína é uma mulher, papel da
atriz cubana Ana de Armas. Trocando em miúdos, “Fúria Primitiva” faz jus ao
título, com muita ação e violência.
sábado, 7 de junho de 2025
“O CONTADOR 2” (“THE
ACCOUNTANT 2”), 2025, Estados Unidos, 2h13m, em cartaz na
Prime Vídeo, direção de Gavin O’Connor, seguindo roteiro assinado por Bill
Dubuque. Sequência de “O Contador”, de 2016, do mesmo diretor e com grande
parte do elenco original, na época um grande sucesso de bilheteria nos EUA. Só para
relembrar, o personagem principal é Christian Wolff (Ben Affleck), um contador
que presta serviços para organizações criminosas, paralelamente ao seu
escritório legítimo de contabilidade. Neste segundo filme, Christian é
contratado pela agente Marybeth Medina (Cynthia Addai-Robinson), do Tesouro Americano, para ajudá-la a desvendar
o mistério que envolve o assassinato do seu ex-chefe Ray King (J.K. Simmons). Como
demonstrará na prática, Christian utiliza métodos politicamente incorretos para
obter respostas, incluindo muita violência e chantagens. Para isso, conta com a ajuda do
irmão Brax (Jon Bernthal), além de uma equipe de adolescentes gênios em informática. Em comparação com o primeiro filme, este tem mais ação e humor,
mas não é melhor do que o primeiro. O roteiro dificulta o entendimento da
história, deixando o espectador meio perdido. Não é a única falha. Os diálogos,
de tão sem graça e sem conteúdo nenhum, beiram a mediocridade. Mesmo com
algumas ótimas cenas de ação, o resultado final é decepcionante.
quinta-feira, 5 de junho de 2025
“SEM RASTRO” (“IMMERSTILL”), 2023,
coprodução Áustria/Alemanha, 1h33m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Eva
Spreitzhofer, que também assina o roteiro em conjunto com Wolf Jakoby. Suspense
policial ambientado num vilarejo austríaco fictício durante um rigoroso inverno. Depois
de uma festa de carnaval num clube, duas adolescentes desaparecem misteriosamente.
Como a polícia local demora para iniciar as buscas, Lisa Schiller (Christina
Cervenka), irmã mais velha de uma delas e que acaba de chegar de Viena,
pressiona os policiais a tomarem alguma atitude. Durante as buscas iniciais realizadas com a ajuda de moradores, uma das garotas é encontrada morta à beira de um
rio. Resta saber onde está a outra, justamente a irmã de Lisa. Como a polícia
está mais perdida que cego em tiroteio, ela resolve investigar por conta
própria, com a ajuda do jovem policial Patrick Pollanc (Michael Glantshnig),
seu ex-namorado. Um dos primeiros suspeitos é Hubert Lipus (Michael Weger), um
sujeito de meia-idade conhecido por assediar as mocinhas do vilarejo. Outros
suspeitos aparecem pelo meio do caminho, motivando o espectador a adivinhar
quem será o provável culpado, revelado apenas no desfecho, numa reviravolta
surpreendente. Trocando em miúdos, o filme demora a engrenar, o ritmo é lento e
o roteiro pouco criativo, tão frio quanto os cenários.
terça-feira, 3 de junho de 2025
“O JOGO DA VIÚVA” (“LA VIUDA NEGRA”), 2025, Espanha, 2h2m, em cartaz na Netflix, direção de Carlos Sedes (“O Caso Asunta”, “Fariña), seguindo roteiro assinado por Ramón Campos e Gemar R. Neira. Ótimo suspense espanhol baseado em fatos reais. Em agosto de 2017, o corpo do engenheiro Antonio Navarro Cerdán foi encontrado na garagem de um edifício no Bairro de Patraix, em Valência. Ele havia sido assassinado com sete facadas. O caso, de grande repercussão na mídia espanhola, ficou conhecido como “A viúva negra de Patraix”, já que a viúva, Maria Jesús Moreno, foi apontada como uma das principais suspeitas do crime – não vou dar spoilers sobre o desfecho do caso. Na adaptação da história para o cinema, a viúva é Maje (a ótima Ivana Baquero, de “O Labirinto do Fauno"), uma enfermeira que tem dois empregos, um num hospital e outro em uma casa de repouso. Mesmo noiva do engenheiro Antonio Navarro (Álex Gadea), ela tem um caso com outro homem. Antonio a perdoou. Só que o casamento não segurou o ímpeto baladeiro da moça, que continuou saindo com as amigas para dançar e, pior, colecionar amantes. Quando o marido é encontrado morto, Maje fica arrasada, mas acaba caindo na desconfiança da inspetora Eva (Carmen Machi), encarregada de investigar o caso, que também aponta como suspeitos os amantes da viúva. Numa trama bem urdida, graças ao primoroso roteiro e uma história envolvente, além do ótimo elenco, “O Jogo da Viúva” é um excelente entretenimento, um filmaço!
segunda-feira, 2 de junho de 2025
“MÁFIA S.A.” (“MAFIA INC.”), 2020,
Canadá, 2h15m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Daniel Grou, seguindo
roteiro assinado por Sylvain Guy. O tema Máfia já gerou inúmeros filmes, dois
deles verdadeiras obras-primas do cinema: “O Poderoso Chefão” e “Os Bons
Companheiros”. Posso garantir que “Máfia S.A.” também é um dos melhores. É violento e ao mesmo tempo nostálgico, com uma trilha sonora de primeira. A
história, fictícia, é baseada no livro “Mafia Inc.: The Long, Bloody Reign of
Canada’s Sicilian Clan” (“Máfia S.A.: O Longo e Sangrento Reinado do Clã
Siciliano do Canadá”), dos jornalistas Andre Cédilot e André Noël. A família
Paternò, comandada com mão de ferro por Don Frank Paternò (o ator italiano Sergio
Castellitto, ótimo), que durante os anos 90 do século passado dominava o crime
organizado em Montreal, no Canadá. Seu braço direito é o sanguinário e violento
Vincente ‘Vince’ Gamache (Marc-André Grondin), originário de outra família
mafiosa, os Gamache. Em meio às inúmeras desavenças e traições nesse núcleo
mafioso, o filme destaca também um lance ousado de Don Frank, que reúne outras
famílias mafiosas para investir num grande projeto: uma ponte que ligaria a
Sicília ao continente italiano. Enfim, “Máfia S.A.” é mais um grande filme
sobre a máfia italiana.
domingo, 1 de junho de 2025
“CORAÇÃO DELATOR” (“CORAZÓN
DELATOR”), 2025, Argentina, 1h29m, em cartaz na Netflix, roteiro e
direção de Marcos Carnevale. Trata-se de um drama romântico leve, sensível e muito
agradável de assistir. Conta uma história simples sem pretensão de chegar a um
filme cult. Juan Manuel (Benjamín Vicuña) é proprietário de uma grande
empresa da construção civil em Buenos Aires. Solteiro, vive num casarão às
vezes visitado por uma namorada de ocasião. Tudo vai às mil maravilhas até que
um dia ele sofre um infarto. Ele precisa de um transplante de coração. O doador
acaba sendo um trabalhador humilde residente na periferia da capital argentina,
casado e pai de um menino. A cirurgia é um sucesso e Juan Manuel se recupera
rapidamente. Como acontece na maioria desses casos, o receptor do órgão quer
saber quem é o doador. Mal sabe ele que o bairro onde o doador morava é alvo de
desapropriação por parte de sua empresa. Fingindo ser primo do padre da
paróquia, Juan vai ao bairro e conhece a viúva do seu doador, Valeria (Julieta
Díaz). Mais do que previsível, os dois se apaixonam. Ao interagir com o pessoal
do bairro, Juan começa a rever os seus conceitos. O maior trunfo do filme é a
química entre o casal protagonista. Benjamín Vicuña é um ator simpático que já
mostrou seu talento principalmente no recente “O Silêncio de Marcos Tremmer”,
outro ótimo filme argentino. A atriz Julieta Díaz é conhecida pelas comédias “Coração
de Leão – O Amor não tem Tamanho” e “2 mais 2”. O cineasta Marcos Carnevale
comprova mais uma vez o seu talento, tendo em seu currículo pequenas obras-primas
do cinema argentino, como “Elsa & Fred”, “Inseparáveis” e “Coração de Leão”,
quando também dirigiu Julieta Diaz. Trocando em miúdos, “Coração Delator” é um filme
que toca o coração, emociona e diverte.
quinta-feira, 29 de maio de 2025
“SUPERBOYS DE MALEGAON” (“SUPERBOYS
OF MALEGAON”), 2024, Índia, 2h07m, em cartaz na Prime Vídeo,
direção de Reema Kagti, que também assina o roteiro com a colaboração de Varun
Grover e Shoaib Nazeer. Em 2008, o documentário “Supermen of Malegaon” contou
uma incrível história ocorrida na cidade indiana de Malegaon, onde, na segunda
metade dos anos 90, um cineasta amador reuniu alguns amigos para realizar um
filme. Pois é neste documentário que se
inspirou “Superboys de Malegaon”. Misturando cenas de comédias de Buster Keaton
e dos filmes de pancadaria de Jackie Chan, a turma conseguiu realizar um filme
que agradou a população da cidade – lembrando que o cinema era uma das únicas
diversões de Malegaon. A equipe técnica do filme, liderada pelo cineasta amador
Nasir Shaikh, faria outro filme, mas sem alcançar o sucesso do primeiro. Dessa
forma, o grupo de amigos se separou e cada um foi para o seu lado. Em 2010,
quando um dos integrantes da equipe ficou gravemente doente, os amigos voltaram
a se encontrar e resolveram realizar outro filme, uma sátira do Super-Homem de
Hollywood, cujo papel principal foi destinado justamente ao amigo doente
terminal. Sensível, divertido e comovente, simples ao extremo, “Superboys de
Malegaon” é uma grata surpresa do cinema indiano independente, com um elenco em
sua maioria constituído por amadores recrutados entre a população da cidade. O
filme estreou no Festival de Toronto (Canadá), em setembro de 2024, recebendo
elogios tanto da crítica como do público. Matt Zoller Seitz, do site rogerebert.com,
escreveu: “É um dos filmes mais acessíveis e divertidos sobre o impulso
criativo que você verá”. Quem assistiu ao filme chileno “A Contadora de Filmes”,
de 2023, comentado neste blog, e gostou, vai gostar ainda mais deste filme indiano,
o qual recomendo como um dos filmes mais interessantes do cinema indiano. Mais uma singela homenagem ao cinema.
terça-feira, 27 de maio de 2025
segunda-feira, 26 de maio de 2025
“A FONTE DA JUVENTUDE”
(“FOUNTAIN OF YOUTH”), 2025, Inglaterra, 2h5m, em cartaz na
Apple TV, direção de Guy Ritchie, seguindo roteiro assinado por James
Vanderbilt. Filme de aventura que segue, como tantos outros, no vácuo da
franquia Indiana Jones. Neste “A Fonte da Juventude”, o Indiana da vez é o
arqueólogo Luke Purdue (John Krasinski), um caçador de tesouros que não
titubeia em roubar obras de arte para conseguir seus objetivos. Luke agora quer
encontrar a mitológica e lendária Fonte da Juventude. Para isso, porém, terá de
decifrar um misterioso código que supostamente revelaria o local desse verdadeiro tesouro. Com esse objetivo, Luke, com o patrocínio de um milionário (Domhnall
Gleeson), contrata um time de especialistas, entre as quais sua própria irmã
Charlote Pardue (Natalie Portman), parceira de outras aventuras, e seu sobrinho adolescente Thomas (Benjamin
Chivers), um garoto muito esperto. O grupo descobre que as pistas estão numa
Bíblia antiga que afundou com um navio no século XVI e também codificadas em seis
obras de arte de pintores famosos. Até o desfecho, Luke e sua turma enfrentarão
muitos perigos, entre os quais a perseguição inclemente de uma máfia poderosa
ligada, acredite, ao Vaticano. Além disso, Luke também é procurado por ter
roubado algumas obras de arte de museus famosos. Completam o elenco Eiza
González, Stanley Tucci, Carmen Ejogo e Arian Moayede. Mais um bom filme de
ação do cineasta inglês Guy Ritchie, que já havia deixado sua marca em filmes
como “Snatch – Porcos e Diamantes” e “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes”.
sexta-feira, 23 de maio de 2025
“SING SING”, 2024,
Estados Unidos, 1h47, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Greg Kwedar, que
também assina o roteiro com a colaboração de Clint Bentley. Indicado a vários
prêmios em festivais pelo mundo afora, inclusiva a três categorias do Oscar
2025 (Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Canção e Melhor Ator - Colman Domingo), o filme é baseado
em fatos reais ocorridos na penitenciária de segurança máxima Sing Sing, no estado de Nova York. A história é toda centrada num grupo de teatro formado por presos
que se inscreveram no RTA (Rehabilitation Through the Arts), ou Reabilitação
Através das Artes, programa instituído em várias prisões dos Estados Unidos com
grande sucesso. Para se ter uma ideia, enquanto a média nacional de
reincidência nas prisões chega a 60%, entre os participantes do RTA esse número fica abaixo de 5%. Voltemos ao filme. O grupo de teatro de Sing Sing começa a
ensaiar uma peça que recebeu o título de “Breakin’ The Mummy’s”, escrita por
um de seus integrantes, Divine G (Colman Domingo), tendo como diretor
voluntário Brent Buell (Paul Raci), dois dos poucos atores profissionais, sendo
que os demais integrantes do elenco são ex-presos de Sing Sing que participaram
do RTA quando estiveram presos. Ao mesmo tempo dramático e sensível, o filme acompanha os ensaios do
grupo, buscando explorar o lado psicológico de cada um de seus participantes,
seus traumas, remorsos, dúvidas e expectativas. Acima de tudo, demonstra a
importância do companheirismo como fator fundamental para a readaptação social.
Enfim, um filme impactante, sincero na sua proposta. Vale a pena conferir.
quinta-feira, 22 de maio de 2025
“FIGHT OR FLIGHT” – foi
com esse título, original, que o filme chegou à Prime Vídeo, podendo ser
traduzido por “Lutar ou Fugir” -, 2025, coprodução Estados Unidos/Inglaterra,
1h41m, direção de James Madigan (“Homem de Ferro 2”, “Transformers: O Despertar
das Feras”), seguindo roteiro assinado por Brooks McLaren e DJ Cotrona. Comédia
de ação das melhores, com um show de atuação do ator Josh Hartnett como Lucas
Reyes, um ex-agente do FBI caído em desgraça depois de uma operação mal sucedida
dois anos aantes. Depois disso, ele resolve morar em Bangkok, capital da
Tailândia. Seu único contato com o ocidente é uma outra ex-agente, Katherine
Brunt (Kate Sackhoff), que agora trabalha como executiva de uma empresa de alta
tecnologia. Ela telefona para Lucas a fim de contratá-lo para identificar e prender
um hacker e assassino profissional de codinome “The Ghost” (“O Fantasma”), que
embarcaria num voo comercial de Bangkok para São Francisco, nos Estados Unidos,
levando um equipamento com poder suficiente para transformar o mundo da
tecnologia. Só que no avião, entre centenas de passageiros, estão assassinos
contratados das máfias russa, italiana e chinesa, além de terroristas
muçulmanos, todos com o objetivo de matar “O Fantasma” e roubar o seu
equipamento. Recompensas milionárias esperam o autor da façanha. Dessa forma, o
enorme avião, de dois andares, vira um verdadeiro campo de batalha, assassinos contra
assassinos do começo ao fim. Apesar de muito sangue jorrando, toda a ação é
levada no maior bom humor, com cenas hilariantes que divertem o espectador. O diálogo final entre os principais protagonistas dá a entender que haverá uma sequência. Tipo do filme que diverte sem ofender a nossa inteligência. Imperdível!”
terça-feira, 20 de maio de 2025
“MARIA CALLAS” (“MARIA”), 2024, em cartaz na Prime Vídeo, coprodução Estados Unidos/Alemanha/Chile/Itália, 2h3m, direção do cineasta chileno Pablo Larraín, seguindo roteiro assinado por Steven Knight. Larraín já havia dirigido outras cinebiografias de mulheres importantes, “Jackie”, de 2016, sobre Jacqueline Kennedy Onassis, e “Spencer”, de 2021, sobre Diana, princesa de Gales. “Maria Callas” revê os últimos dias da soprano Maria Callas (1923-1977), nascida na Grécia como Maria Anna Cecilia Sofia Kalogerópulos. Desde o início dos anos 70, Callas (Angelina Jolie), que já havia parado de cantar, vive reclusa numa mansão em Paris tendo apenas a companhia de seu mordomo Ferruccio (Pierfrancesco Favino) e sua governante Bruna (Alba Rohrwacher), além de dois cachorros. Viciada em remédios, ela pouco se alimenta e costuma ter alucinações, algumas delas responsáveis pelos melhores momentos do filme. Callas vive deprimida, não gosta de ouvir os seus discos e jamais perdeu a arrogância, tratando todos como cidadãos de segunda classe. Coisas de diva. O filme destaca também alguns fatos ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial quando Callas ainda adolescente juntamente com a irmã cantam para oficiais nazistas. Callas jovem é interpretada por Angelina Papadopoulou. “Maria Callas” também relembra como o empresário grego Aristóteles Onassis (Haluk Gilginer) consegue seduzí-la, a conversa que ela teve "face to face" com o então presidente norte-americano John Kennedy e suas tentativas fracassadas de voltar a cantar. A atriz Angelina Jolie dá conta do recado, embora bonita demais para interpretar a feiosa Callas. Completam o elenco Valeria Golina (Yakinthi Callas, irmã de Maria), Haluk Bilginer (Aristóteles Onassis), Caspar Phillipson (John F. Kennedy), Stephen Ashfield (o pianista Jeffrey Tate) e Suzie Kennedy (Marilyn Monroe). A famosa soprano já havia sido tema de uma cinebiografia sob a direção de Franco Zeffirelli em 2002 (“Callas Forever”), com Fanny Ardant no papel principal. Em 2014, no filme “Grace de Mônaco”, foi a vez da atriz espanhola Paz Veja interpretar Callas. Acho que só, fora os inúmeros documentários sobre as apresentações da cantora nos principais teatros do mundo. Após o desfecho, antes e durante os créditos finais são exibidos vídeos com a verdadeira Callas. Aproveito para registrar minha grande admiração pelo trabalho do cineasta chileno Pablo Larraín, principalmente porque assisti vários de seus filmes, alguns deles excelentes, tais como “No”, “Neruda”, “Spencer, “O Clube” e “O Conde”, este último uma pequena obra-prima, todos eles comentados neste blog. No caso de "Maria Callas", aproveito para elogiar a ótima recriação de época, graças a uma primorosa direção de arte, sem contar, é claro, com a maravilhosa trilha sonora. Filmaço imperdível!
segunda-feira, 19 de maio de 2025
“O DIPLOMATA” (“THE DIPLOMAT”), 2025,
Índia, 2h10m, em cartaz na Netflix, direção de Shivan Nair, seguindo roteiro
assinado por Ritesh Shah. A história é baseada num fato real ocorrido em 2017.
Começa em Kuala Lampur, capital da Malásia, onde a indiana Uzma Ahmed (Sadia
Khateeb) conhece o motorista de táxi paquistanês Tahir Ali (Jagjeet Sandhu). Os
dois ficam amigos e um tempo depois o taxista convida Uzma a conhecer sua
família no Paquistão, mais exatamente na isolada aldeia de Buner, nas colinas
da província de Khyber Pakhtunkhwa. A primeira impressão do lugar é a pior
possível, mas a coisa irá piorar muito mais quando Tahir obriga Uzma a casar
com ele, que já é casado e pai de dois filhos. Além de estuprada, Tahir é violentamente espancada quando reclamava de alguma coisa. Depois de sofrer
tanto, ela criou um estratagema genial para convencer o marido a levá-la até o
escritório do Alto Comissariado da Índia. Num descuido do marido, ela se
esconde no prédio e pede proteção. É aqui que entra em cena o diplomata JP
Singh (John Abraham), alto comissário adjunto da Índia. Ele será o responsável
pela segurança da moça, ainda mais porque as autoridades paquistanesas acreditam
que ela é uma espiã agindo em solo paquistanês. A situação fica ainda pior
quando Uzma é obrigada a comparecer numa audiência no tribunal onde deverá encarar o marido agressor. Mas JP Singh, o diplomata do título, não deixará de defender a
moça até o fim. Assim como em vários filmes de ação de Bollywood, o ator John
Abraham faz novamente o papel de herói, o machão sem medo, atuando com uma pose afetada no mínimo irritante. Mas tudo bem, deixa pra lá, o cara é o maior galã de Bollywood. Quanto ao
filme, achei ótimo, principalmente por contar uma incrível história de coragem
e sobrevivência.
sábado, 17 de maio de 2025
“RESGATE IMPLACÁVEL” (“A
WORKING MAN”), 2025, Estados Unidos, 1h56m, em cartaz na
Prime Vídeo, direção de David Ayer (“Esquadrão Suicida”, “Beekeeper”, “Infiltrado”),
que também assina o roteiro com Sylvester Stallone. Isso mesmo, o velho Stallone.
Trata-se da adaptação para o cinema de um dos livros escritos por Chuck Dixon.
Como todo bom filme de ação, “Resgate Implacável” não economiza na pancadaria,
nas perseguições e tiroteios, além de muito sangue jorrando, é claro. Levon
Cade (o brucutu inglês Jason Statham), um ex-agente de operações secretas do
exército dos EUA, agora trabalha numa empresa ligada à construção civil e é o
homem de confiança dos donos (Michael Peña e Noemi González). Quando a filha adolescente
do casal, Jenni (Arianna Rivas), desaparece misteriosamente, Cade entra em ação
para investigar o que aconteceu, e chegará à conclusão de que a moça foi
sequestrada por uma poderosa organização comandada pela temida máfia russa.
Temida para nós e para a polícia da cidade – que não é nomeada, uma falha (Los
Ângeles?) -, menos para Levon Cade, que não tem medo de cara feia. Ele vai
irritar os russos, pois assassina um poderoso chefão e dois filhos de outro chefão,
além de desafiar uma quadrilha local de traficantes. Até o desfecho, muita ação
vai rolar, tornando “Resgate Implacável” um entretenimento de primeira no
gênero. Também estão no elenco Eve Mauro, David Harbour, Jason Flemyng, Maximilian
Osinski e Isla Gie. Filmaço!