“JOY”, 2024,
Inglaterra, 1h55m, em cartaz na Netflix, direção de Ben Taylor (“Sex Education”),
seguindo roteiro assinado por Jack Thorne, Rachel Mason e Emma Gordon. O filme
é baseado em fatos reais que culminaram no nascimento do primeiro bebê in
vitro, que depois ficaria conhecido popularmente, no mundo inteiro, como bebê de proveta. A história começa em 1968, em Cambridge e
depois em Bristol, quando o cientista Robert Edwards (James Norton), a
enfermeira e embriologista Jean Purdy (Thomasin McKenzie) e o ginecologista Patrick
Steptoe (Bill Nighy) começaram a pesquisar um processo envolvendo a combinação
de óvulos e espermatozóides em um ambiente laboratorial, fora do corpo da
mulher. O filme acompanha passo a passo todas etapas do trabalho do trio, as
pesquisas com mulheres inférteis, a violenta oposição dos religiosos, que
chamavam Edwards de “Dr. Frankestein”, e a perseguição incessante da imprensa
inglesa. O primeiro bebê de proveta somente nasceria em 1978, fato alardeado no mundo inteiro como um grande avanço da
ciência. Louise Joy Brown, o bebê, hoje aos 46 anos, continua viva e saudável. Embora
o filme seja muito interessante como registro histórico, o espectador comum talvez
tenha dificuldade de entender a linguagem técnica utilizada em muitos diálogos.
Eu passei batido em vários. Certamente o pessoal da área médica terá mais
facilidade de acompanhar os acontecimentos, principalmente no que se refere às
pesquisas. Para as novas gerações, que talvez não imaginem como nasceu a
fertilização in vitro, “Joy” é bastante esclarecedor.