
sábado, 7 de junho de 2014

sexta-feira, 6 de junho de 2014
“Elena” é um
drama russo produzido em 2010 e dirigido por Andrey Zvyagintsev (de “O Retorno”).
O enredo gira em torno de Elena (Nadezhda Markina), uma enfermeira aposentada que
vive, há 10 anos – seu segundo casamento - com Vladimir (Andrey Smirnov), um
rico homem de negócios de Moscou. Sergei (Aleksey Rozin) é o filho de Elena, um
preguiçoso que passa o dia sentado no sofá tomando cerveja e vendo TV. Não quer
nada com o trabalho, embora tenha que sustentar mulher e um filho adolescente.
Sergei vive às custas da mãe, que todo mês vai até a periferia de Moscou
entregar o dinheiro de sua aposentadoria ao filho malandro. Por causa dessa
rotina de anos, Elena vive às turras com o marido, que critica a atitude da
mulher dizendo que ela transformou o filho num acomodado e vagabundo. Ela
defende o filho com unhas e dentes, dizendo que ele é vítima da crise econômica.
Vladimir sofre um infarto e, enquanto se recupera, decide escrever seu
testamento. Ele comunica suas intenções a Elena. A filha de Vladimir, Katerina
(Elena Lyadova), será a grande beneficiada. Elena acha que seu filho também
deve ser incluído no testamento. A partir daí, o filme passa a ter um clima de
suspense policial e fica melhor ainda. É impossível não enxergar nas atitudes da
superprotetora Elena uma evidente analogia com a “Mãe Rússia” e seu caráter
assistencialista. “Elena” foi o
grande destaque da 35ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, além de ter
conquistado o Prêmio Especial do Júri na Mostra “Um Certain Regard” no Festival
de Cannes 2011.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
“O Homem Duplicado” (“Enemy”),
2013, é um filme canadense baseado em livro do escritor português José
Saramago. Conta a história de Adam Bell (Jake Gyllenhaal), professor
universitário, que um dia descobre, assistindo a um filme, que tem um sósia
perfeito. Pelos créditos, Adam conclui que seu sósia é o ator Anthony St.
Claire (papel também de Gyllenhaal, claro). Aí ele não sossega enquanto não
encontrar o outro pessoalmente. O relacionamento entre os dois vai envolver
ainda a esposa de Adam, Helen (Sarah Gadon), e a namorada de Anthony, Mary
(Mélanie Laurent). Vai dar uma confusão maluca, mas nada de comédia. É tudo
levado muito a sério pelo diretor Denis Velleneuve, dos ótimos “Incêndios” e “Os
Suspeitos”, este último também com Gyllenhaal, que se mostra mais uma vez um
excelente ator. Com muita sutileza nos gestos e expressões, Gyllenhaal faz com
que o espectador consiga identificar, sem muito esforço, quando ele é Adam e
quando ele é Anthony. Isabella Rossellini, numa pequena ponta, faz a mãe de
Adam. O filme foi massacrado pela maioria dos críticos e também não conseguiu
muita simpatia do público, haja vista o resultado fraco das bilheterias. Não é
um filme tão ruim assim, mas também não é tão bom para ser recomendado. Não deixa, porém, de ser um filme interessante, diferente, com um ótimo elenco e uma história, embora surreal, criativa e instigante.
terça-feira, 3 de junho de 2014

segunda-feira, 2 de junho de 2014
“Ilo Ilo”, 2012,
Singapura, primeiro filme do diretor Anthony Chen. É um drama que tem como pano
de fundo a crise asiática no final dos anos 90. O ano é 1997. Teck (Tian
Wenchen) e sua esposa Hwee Leng (Yann Yann Yeo) trabalham fora e passam maus
bocados com o filho Jiale (Koh Jia Ler), um garoto de 10 anos terrível que sempre
apronta alguma no colégio ou em casa. Hwee está grávida e cansada, pois também
cuida dos serviços caseiros. Ela tem o gênio forte e é comum destratar o marido,
além de não ter a mínima paciência para lidar com o filho. Para aliviar Hwee, o casal decide,
então, contratar uma empregada filipina, Teresa (Angeli Bayani). Aos poucos,
Teresa consegue “domar” o menino. Ambos vão criar um laço de amizade que
deixará a mãe de Jiale com ciúmes. Quando parece que a situação vai melhorar,
Teck perde o emprego de vendedor e também o seguinte, de vigilante. A condição
financeira da família fica insustentável e o filme assume uma dramaticidade que
poderá tocar fundo em quem já passou ou passa por situação semelhante. “Ilo Ilo” conquistou o Prêmio “Caméra d’Or”,
destinado a cineastas estreantes, no Festival de Cannes 2013. Também representou
Singapura como candidato a Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2014. Ah, Ilo Ilo
é uma cidade localizada nas Filipinas e onde a babá do diretor nasceu. Ele quis
homenageá-la com o título. Um belo filme que merece ser conferido.

“Rota de Fuga”
(“Escape Plan”), 2013, EUA, dirigido por Mikael Hafstrom, reúne os dois grandes
astros dos filmes de ação de Hollywood, Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger. Os dois “velhinhos”
ainda impõe respeito, além de dar conta de correr, bater e apanhar. A história
é fantasiosa, mas com esses dois astros tudo é permitido. Stallone é Ray
Breslin, que trabalha para uma empresa que vende tecnologia de segurança para
presídios. A função de Breslin é ser preso e depois fugir de penitenciárias de
segurança máxima. Em oito anos, conseguiu escapar de 14. Um gênio da fuga. Um
dia, porém, ele é sequestrado, sedado e levado para uma prisão que ninguém sabe
que existe, uma tal de Prisão Internacional, comandada na base da violência por
Willard Hobbes (Jim Caviezel) e pelos seus guardas – na verdade, mercenários – altamente treinados.
É lá que Breslin conhece Emil Rottmayer (Schwarzenegger). Em meio a socos e
pontapés, torturas, rápidas temporadas em solitárias e algumas piadinhas, os
dois vão se aliar para tentar fugir. O elenco ainda conta com Sam Neil,
Vincente D’Onofrio, Amy Ryan, Vinnie Jones e a belíssima Caitriona Balfe. Para
quem não exige muito e gosta de filmes de ação, o entretenimento é garantido!
domingo, 1 de junho de 2014
“O Segredo – Pecado em Família”
(“Perfect Parents”), de 2006, dirigido por Joe Ahearne, um drama inglês
que mistura suspense, assassinatos e chantagens com temas como religiosidade,
família e educação. Não é entretenimento de fácil absorção. Stuart (Christopher
Ecleston) e sua esposa Alison (Susannah Harker), ateus de carteirinha, querem
colocar a filha Lucy (Madeleine Garrood), de 10 anos, num colégio público católico
dirigido por freiras. Só que precisam cumprir algumas normas exigidas pela
instituição, como, por exemplo, serem católicos praticantes e terem batizado a
filha. Eles conseguem o aval do padre Thomas (David Warner) mediante o
pagamento de propina. Há um intermediário no negócio, Ed (Brendan Coyle), um cidadão
aparentemente correto, mas nas sombras um psicopata e chantagista. As mentiras
do casal serão descobertas graças às denúncias de uma mãe invejosa cuja filha
não foi aceita no colégio católico. Duas pessoas serão assassinadas e outra ainda
será alvo de uma tentativa. No filme, ainda há espaço para muitas discussões de cunho religioso, o
que nos leva a refletir sobre questões como fé, perdão e solidariedade.
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