“Elena” é um
drama russo produzido em 2010 e dirigido por Andrey Zvyagintsev (de “O Retorno”).
O enredo gira em torno de Elena (Nadezhda Markina), uma enfermeira aposentada que
vive, há 10 anos – seu segundo casamento - com Vladimir (Andrey Smirnov), um
rico homem de negócios de Moscou. Sergei (Aleksey Rozin) é o filho de Elena, um
preguiçoso que passa o dia sentado no sofá tomando cerveja e vendo TV. Não quer
nada com o trabalho, embora tenha que sustentar mulher e um filho adolescente.
Sergei vive às custas da mãe, que todo mês vai até a periferia de Moscou
entregar o dinheiro de sua aposentadoria ao filho malandro. Por causa dessa
rotina de anos, Elena vive às turras com o marido, que critica a atitude da
mulher dizendo que ela transformou o filho num acomodado e vagabundo. Ela
defende o filho com unhas e dentes, dizendo que ele é vítima da crise econômica.
Vladimir sofre um infarto e, enquanto se recupera, decide escrever seu
testamento. Ele comunica suas intenções a Elena. A filha de Vladimir, Katerina
(Elena Lyadova), será a grande beneficiada. Elena acha que seu filho também
deve ser incluído no testamento. A partir daí, o filme passa a ter um clima de
suspense policial e fica melhor ainda. É impossível não enxergar nas atitudes da
superprotetora Elena uma evidente analogia com a “Mãe Rússia” e seu caráter
assistencialista. “Elena” foi o
grande destaque da 35ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, além de ter
conquistado o Prêmio Especial do Júri na Mostra “Um Certain Regard” no Festival
de Cannes 2011.
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