quinta-feira, 14 de julho de 2016
“MEMÓRIAS SECRETAS” (“Remember”), Canadá, 2015, direção de Atom Egoyan (dos ótimos “O Doce Amanhã”, “À Procura”, “O
Preço da Traição”). O diretor egípcio, naturalizado canadense, acerta mais uma
vez num drama repleto de suspense, com uma surpreendente reviravolta no
desfecho e um desempenho magistral do veterano ator Christopher Plummer. Companheiros
de sofrimento no campo de concentração de Auschwitz, durante a Segunda Guerra
Mundial, Zev (Plummer) e Max (Martin Landau), ambos agora à beira dos 90 anos, se
reencontram numa casa de repouso para idosos nos EUA. Max planeja uma vingança
contra o nazista Rudy Kurlander, responsável pelo assassinato da sua família e
a de Zev em Auschwitz, e que estaria morando nos EUA provavelmente com outro
nome. Max, preso a uma cadeira de rodas e respirando por aparelhos, pede a Zev
que encontre e mate Kurlander. Só que tem um problema: Zev está apresentando
sintomas de demência. O filme vira um road
movie, acompanhando a aventura de Zev por várias cidades dos EUA. O clima é
de suspense e tensão, culminando com um desfecho inesperado, a cereja do bolo
de um ótimo filme. Além de Plummer e Landau, estão no elenco Jürgen Prochnow e
Bruno Ganz. Filmaço!domingo, 10 de julho de 2016
“XXY” é um drama argentino de 2007 que trata de um
tema pouco explorado pelo cinema: o hermafroditismo. Escrito e dirigido por
Lucía Puenzo (do ótimo “O Médico Alemão”), o filme conta a história de Alex
(Ines Efron), uma garota de 15 anos hermafrodita. Seus pais, Kraken (Ricardo
Darín) e Suli (Valeria Bertuccelli), sempre se recusaram submetê-la a uma cirurgia
para resolver o problema. Cansados dos constrangimentos habituais, resolvem mudar-se
para um vilarejo litorâneo no Uruguai, onde o biólogo marinho Kraken consegue
um emprego. Tudo transcorre normalmente até a chegada de um casal amigo
trazendo o filho Álvaro (Martin Piroyansky), de 16 anos, que na hora faz
amizade com Alex. Uma amizade, aliás, que trará consequências para determinar o
rumo dos acontecimentos. Segundo alguns entendidos que assistiram “XXY”, o
problema de Alex não chega a ser o hermafroditismo e sim a Síndrome de XXY,
também conhecida como Klinefelter. Como não conheço o assunto, para mim Alex é mesmo
uma hermafrodita. O filme é muito bom, tanto que foi o vencedor do Prêmio da
Semana da Crítica no Festival de Cannes 2007, além de ter sido premiado em
vários festivais importantes, entre eles o Goya (Oscar espanhol).
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