“TERRORISTA AMERICANO” (“The Martyr Maker”), 2018, Estados Unidos, 1h36m, roteiro e direção
de Kamal Ahmed (trata-se do seu quinto longa-metragem). O agente da CIA Terry
Davis (Tom Sizemore) é encarregado de localizar e prender um grupo de
terroristas que recruta e treina jovens norte-americanos, de famílias árabes para
o Jihad (luta armada dos muçulmanos contra os infiéis e inimigos do Islã). Ao
mesmo tempo, o agente da CIA tenta descobrir o paradeiro de Abbaz (Cory Duval),
um perigoso terrorista que teria entrado clandestinamente nos EUA. Abbaz teria
recebido a missão de recrutar jovens norte-americanos, de famílias árabes, para
serem treinados pelo líder muçulmano Saif-Uddin Mohamed (Shiek Mahmud-Bey). Entre
os jovens recrutados está Zahid Khoury (Alexander Mercier), especialista em
montar sites. Ele será o encarregado de divulgar a causa através das redes
sociais e ajudar no treinamento de jovens terroristas. O mais interessante de “Terrorista
Americano” é o destaque dado à estratégia empregada pelo líder Saif-Uddin para
fazer a lavagem cerebral nos jovens. O diretor Kamal Ahmed dedica grande espaço
do filme para mostrar os sermões de Saif-Uddin, cheios de ódio contra o mundo
ocidental, principalmente contra os Estados Unidos. São bastante esclarecedores. “Terrorista Americano” é um
ótimo programa para quem quiser conhecer, com mais detalhes, o pensamento dos muçulmanos
radicais.
sexta-feira, 18 de outubro de 2019
“SOMBRA LUNAR” (“IN THE SHADOW
OF THE MOON”), 2019, EUA, produção Netflix (a estreia mundial aconteceu dia 27 de
setembro de 2019), 1h55, direção de Jim Mickle, roteiro assinado por Geoffrey
Tock e Gregory Weidman – sempre dou nome aos “bois”, pois se não gostarem do
filme podem xingá-los à vontade. Brincadeiras à parte, vamos ao comentário. Trata-se
de uma ficção científica, embora no início, meio e quase até o fim pareça um filme
policial, o que me prendeu a atenção, pois não sou muito chegado ao gênero
ficção científica. O filme começa num futuro não muito distante, mostrando a
cidade da Filadélfia (Pensilvânia) completamente destruída. A história volta
até 1988, na mesma cidade, onde ocorrem três mortes misteriosas – um cozinheiro,
uma motorista de ônibus e um pianista, todos sangrando pelos olhos, pela boca,
pelos ouvidos e pelo nariz. Com um detalhe: dois furinhos na nuca. Os policiais
Thomas Lockhart (Boyd Holbrook) e Holt (Michael C. Hall) ficam encarregados de
desvendar todo esse mistério. Para (tentar) explicar o que aconteceu, os
roteiristas inventaram uma trama bastante complicada, utilizando uma serial
killer (a morenaça Cleopatra Coleman), que aparece e desaparece, além de
viagens no tempo e um cientista indiano (ou paquistanês) totalmente maluco. A assassina vai e volta no tempo a cada 9 anos, de acordo com
as fases da lua. E os policiais sempre no seu encalço, durante 27 anos. Esperei
com curiosidade pelo desfecho, que certamente explicaria toda essa misteriosa
história. Realmente, explicou, mas não entendi nada. Talvez um cientista possa decifrar,
quem sabe um Nobel de Física. Repito, o filme só me prendeu até o fim porque
parecia um filme policial. Na verdade, trata-se apenas de caso de polícia... Tente
assistir, e depois veja se não tenho razão.
quarta-feira, 16 de outubro de 2019

terça-feira, 15 de outubro de 2019

domingo, 13 de outubro de 2019
O drama independente “MONSTROS
E HOMENS” (“MONSTERS AND MEN”), 2018, EUA, 1h38m, aborda uma questão que
está sempre em evidência no país do Tio Sam: a violência de policiais brancos
contra cidadãos negros. Com roteiro e direção de Reinaldo Marcus Green (é o seu
longa-metragem de estreia; ele é mais conhecido como diretor de curtas), o
filme conta a história de um brutal assassinato ocorrido no Brooklin. Numa
abordagem policial, um sujeito negro muito conhecido e querido pelo pessoal do
bairro é abordado pelos policiais, reage e toma um tiro. O episódio é testemunhado
por várias pessoas e filmado no celular pelo imigrante latino-americano Manny
(Anthony Ramos), que envia a filmagem para as autoridades e a espalha pelas
redes sociais. É claro que acaba sendo perseguido pela polícia. Enquanto isso,
o policial negro Dennis (John David Washington, filho do ator Denzel
Washington) acompanha tudo de perto, mas procura não se envolver, já que acaba
de ser promovido. O roteiro inclui mais um personagem importante, testemunha do
crime, o jovem jogador negro de beisebol Zyric (Kelvin Harrison Jr.). Ao
estrear no Festival de Sundance 2018 (o mais importante festival de filmes independentes), “Monsters and Men” ganhou grande repercussão na mídia e elogios
da crítica. Sem dúvida, um bom filme, apesar de tocar numa ferida que já virou
clichê no cinema norte-americano.
Quem torce o nariz para o
cinema asiático e o rejeita está perdendo ótimos filmes. Só para citar um
exemplo, “Parasite”, do diretor sul-coreano Bong Joon-Ho, acabou de conquistar
a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2019. Nos últimos anos, assisti a vários
filmes sul-coreanos e eles realmente estão arrasando, principalmente no gênero
filmes de ação (“O Túnel”, de 2016, é sensacional). Fiz questão de escrever
esta introdução para apresentar “O ESPIÃO – OPERAÇÃO SECRETA” (“SEU-PA-I”),
2015, direção de Lee Seung-Jun, com roteiro de Yoon Je-Kyoon e Park Su-Jin.
Trata-se de um misto de comédia e filme de ação, aliás, 2 horas de muita ação. Vamos
à história: Chul-Soo (Sol Kyung-Gu) é o mais famoso agente secreto da Coréia do
Sul. Nem sua esposa, a aeromoça Baek Seol Hui (a ótima Han Ye-ri), conhece a
profissão que ele exerce há vários anos para o governo sul-coreano. O casal
quer ter um filho, mas as viagens de Chul-Soo – missões em outros países – têm dificultado
esse objetivo. A próxima missão de Chul será executada na Tailândia, ou seja,
capturar um grupo de terroristas que negocia com os russos a compra de uma bomba nuclear para
ser lançada contra a Coreia do Norte, com o objetivo de provocar uma guerra
entre os dois países. No filme, as duas Coreias tentam um acordo para a sua reunificação. Enquanto prossegue na sua missão, Chul descobre que sua esposa
também está na Tailândia e aí a confusão está formada, ainda mais que Baek é cortejada
justamente pelo chefe dos terroristas, Ryan (o bonitão Daniel Henney). “O Espião” é divertido, tem muita ação,
perseguições, pancadaria e tiros pra tudo que é lado. A cena do tiroteio dentro de um restaurante é espetacular. O filme todo é de tirar o fôlego. Programão. Não percam!
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