quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

 

“NOVEMBRO” (“NOVIEMBRE”), 2025, coprodução Colômbia/Brasil/México/Noruega, 1h18m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Tomás Corredor, que também assina o roteiro juntamente com Jorge Goldenberg. O contexto histórico é a invasão do Palácio da Justiça, sede da Suprema Corte da Colômbia, em Bogotá, no dia 6 de novembro de 1985, por guerrilheiros esquerdistas do M-19. Depois de 27 horas angustiantes, as tropas do governo resolveram a parada, mas o saldo foi trágico: 100 mortos, dezenas de feridos e mais de 6 mil processos destruídos. Entre os mortos, 12 juízes, incluindo o presidente da Suprema Corte, Alfonso Reyes Echandía. Alternando com vídeos jornalísticos da invasão, a ação de “Novembro” transcorre apenas no cenário de um banheiro, onde estão confinadas dezenas de reféns, civis e alguns guerrilheiros, além de pessoas feridas. No meio deles, importantes magistrados e um dos chefes dos guerrilheiros. Eles conversam entre si e extravasam o seu desespero quanto ao final da situação, enquanto explosões acontecem do lado de fora, o exército tentando invadir o palácio e libertar os reféns. O filme estreou no Toronto International Film Festival e depois foi exibido por aqui no São Paulo International Film Festival. Achei o filme bastante interessante, mas não o recomendo para o público acostumado a ver filmes para entretenimento, pois o clima é pesado demais.     

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

“DROP: AMEAÇA ANÔNIMA” (“DROP”), 2025, Estados Unidos, 1h36m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Christopher B. Landon (“Freaky: No Corpo de um Assassino”, “A Morte te dá Parabéns”), seguindo roteiro assinado por Jillian Jacobs e Chris Roach. Finalmente um suspense de qualidade, com muita tensão do começo ao desfecho, prendendo a atenção do espectador a cada cena. Dois anos depois de viver um episódio trágico e traumático envolvendo a morte de seu marido, Violet (Meghann Fahy) resolve dar um passo adiante na sua vida. Entra num site de relacionamento e, depois de muito papo on-line, resolve marcar um jantar com Henry (Brandon Sklenar), um sujeito bonitão e bom de papo. O encontro é marcado num restaurante de luxo no 38º andar de um edifício também luxuoso. Ocorre que, de repente, ela começa a receber mensagens ameaçadoras em seu celular. Algum psicopata anônimo, que propõe um jogo que pode levar à morte o filho dela, assim como sua irmã, que ficou em casa cuidando do garoto. Mas o sufoco de Violet não acaba por aqui. Ela percebe que o psicopata pode estar no próprio restaurante. Dessa forma, todos os clientes são suspeitos, desde um garçom, o pianista, um sujeito que foi rejeitado pela mulher, uma bartender e até um grupo de jovens, assim como o próprio Henry. O espectador acompanha o desespero de Violet tentando adivinhar também quem é o possível maluco das mensagens. Embora o desfecho tenha lá muitas situações absurdas - confesso que não entendi muito bem a motivação do vilão da história -, o suspense prende a atenção do começo ao fim. Completam o elenco Violett Beane, Reed Diamond, Gabrielle Ryan, Jeffery Self, Ed Weeks e Travis Nelson. Mas é a bela Mehann Fahy (de “The White Lotus”) quem leva o filme nas costas, com uma atuação primorosa. Trocando em miúdos, “Drop – Ameaça Anônima” é um suspense de primeira. Imperdível.