quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

 

“SETEMBRO 5” (“SEPTEMBER 5”), 2024, coprodução Estados Unidos/Alemanha, 1h34m, em cartaz na Netflix, direção do suíço Tim Fehlbaum (“Refúgio”), que também assina o roteiro com Moritz Binder e Alex David. Filme mostra os bastidores da cobertura da equipe de esportes da emissora norte-americana ABC (American Broadcasting Company)  durante as Olimpíadas de Munique, na Alemanha, em 1972. O lado esportivo ficaria de lado quando terroristas palestinos do grupo Setembro Negro invadiram o alojamento dos atletas israelenses, fazendo 11 reféns. Num clima de alta tensão, os jornalistas da emissora, instalados numa sala especial de comando, tiveram que se organizar para cobrir segundo a segundo o caso do sequestro. Dispondo de informações do rádio da polícia alemã e dos repórteres enviados à vila olímpica, a ABC realizou uma cobertura que ficaria na história do jornalismo televisivo, sendo assistida por mais de 900 milhões de espectadores, um recorde para a época. Mesmo que toda a ação aconteça num espaço onde foi instalada a sala de comando – as tomadas externas foram resgatadas das imagens de arquivo da ABC -, não há um minuto sequer para respirar. A tensão é total, decisões tendo que ser tomadas em segundos, muito estresse como jamais se viu numa cobertura jornalística. Quem ganha com tudo isso é o espectador, que tem a oportunidade de conhecer a tensão que cerca uma cobertura jornalística em tempo real. Um show! Estão no elenco Peter Sarsgaard, John Magaro, Ben Chaplin, Leonie Benesch, Zinedine Soualem e Benjamin Walker.

“FAMÍLIA À PROVA DE BALAS” (“GUNS UP”), 2025, Estados Unidos, 1h31m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção do cineasta australiano Edward Drake, conhecido pelos vários filmes de ação que dirigiu com a participação de Bruce Willis, entre os quais “Conspiração Explosiva” e os da franquia “Detetive Knight”. No caso da “Família à Prova de Balas”, trata-se de uma comédia de ação. Ray Hayes (Kevin James) deixa a polícia após uma missão mal sucedida e concorda em trabalhar com a chefona mafiosa Michael Temple (Melissa Leo) para ganhar mais dinheiro e proporcionar conforto para a esposa Alice (Christina Ricci). Os dois filhos do casal não sabem que o pai virou capanga de uma gangue. Mas a surpresa maior acontecerá quando descobrirem que a mãe também tem um passado tenebroso. Quem também ficou surpreso foi o próprio marido. Para não revelar mais detalhes da história, vou resumir: a chefona Michael é assassinada e outro mafioso ocupa o seu lugar, o psicopata Lonny Castigan (Timothy V. Murphy). A família de Ray corre perigo depois que ele se recusa a trabalhar com o novo chefão. Embora seu desempenho seja muito bom, Christina Ricci continua com a mesma carinha da Wandinha da Família Adams, o que não combinou muito com a esposa de um brutamontes (James) e mãe de dois adolescentes. De qualquer forma, o filme é um ótimo entretenimento, pois prende a atenção e diverte muito. Recomendo para quem está precisando dar boas risadas.     

domingo, 7 de dezembro de 2025

 

“ZONA DE RISCO” (“LAND OF BAND”), 2024, Estados Unidos, 1h54m, em cartaz na Netflix, direção de William Eubank (“Ameaça Profunda”), que também assina o roteiro com David Frigerio. Filme de ação bastante interessante não apenas pela história em si, mas pelo destaque dado ao trabalho dos pilotos de drone, que de uma base nos Estados são capazes de monitorar e auxiliar equipes de operações especiais em missões pelo mundo afora, além de jogar bombas em alvos inimigos. É o caso do capitão Eddie Grimm (Russell Crowe) e da sargento Mia Branson (Chika Ikogwe). Eles ficam encarregados de monitorar um grupo de militares em missão no sul das Filipinas com o objetivo de resgatar um cidadão norte-americano capturado por guerrilheiros muçulmanos. A missão dá errado, resultando na prisão de um membro da equipe e a morte de outros dois. O único que consegue escapar é o sargento Kinney (Liam Hemsworth), justamente o mais novo do grupo. É ele que merecerá toda a atenção dos controladores Eddie e Mia, responsáveis por indicar o local onde um helicóptero o resgatará do solo inimigo. Mais uma vez, porém, a situação fica novamente perigosa e sem solução, já que o helicóptero, sob fogo inimigo, é obrigado a voltar à base sem o soldado. Kinney terá que agir por sua conta num território hostil e cercado por inimigos. “Zona de Risco” tem boas cenas de ação, mas escorrega no patético desfecho, mas não deixa de ser um bom entretenimento.    

 

“JAY KELLY”, 2025, Estados Unidos, 2h12m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Noah Baumbach (“História de um Casamento”, “Frances Ha”), que também assina o roteiro com Emily Mortmer (atriz que atua no filme). George Clooney é Jay Kelly, um ator famoso. Jay Kelly é George Clooney, o ator famoso. Difícil distinguir um do outro na história. Claro que há algumas diferenças, uma delas é o fato de Jay Kelly ter duas filhas e George não é pai. O personagem Jay Kelly é um ator norte-americano famoso, cercado por uma equipe chefiada pelo empresário Ron Sulgenick (Adam Sandler), com segurança, motorista particular, assessor de imprensa, maquiador, figurinista, nutricionista, enfim, um séquito que somente um astro é capaz de reunir. Jay Kelly, há muito envolvido em produções para o cinema, nunca foi um pai presente para as duas filhas. Agora, mais maduro, quer um contato maior com elas, mas recuperar o tempo perdido pode ser muito mais difícil. Aproveitando sua viagem à Itália para receber um prêmio alusivo à sua carreira, Kelly viverá uma verdadeira aventura pelas belas paisagens da Toscana, o que incluiu até um ato de herói e o reencontro com seu pai. Achei o filme muito irregular, com algumas boas sacadas e outras nem tanto, acrescidas a diálogos infelizes e até patéticos. O que não se pode negar é a qualidade do elenco, que ainda conta com Billy Crudup, Laura Dern, Emily Mortimer, Erica Sweany, Riley Keough, Greta Gerwig (esposa do diretor), Patrick Wilson, Isla Fisher, Alba Rohrwacher, Jim Broadbenty, Eve Hewson e Grace Edwards. “Jay Kelly” não é tão ruim quanto dois dos recentes filmes de Clooney, como “Lobos”, de 2024, quando contracenou com Brad Pitty, e “Ingresso para o Paraíso”, de 2022, quando fez par romântico com Julia Roberts. “Jay Kelly” não fez jus ao astro George Clooney.