sexta-feira, 7 de novembro de 2025

“BALADA DE UM JOGADOR” (“BALLAD OF A SMALL PLAYER”), 2025, coprodução Inglaterra/Alemanha, 1h41m, em cartaz na Netflix, direção de Edward Berger, seguindo roteiro assinado por Rowan Joffe e adaptado do romance escrito por Lawrence Osborne em 2014. Existem dois excelentes motivos para recomendar este drama: a impressionante atuação do ator Colin Farrell e a primorosa fotografia de James Friend, responsável por um visual deslumbrante. A história é toda centrada no ex-advogado e jogador compulsivo Riley (Farrell), que foge da Inglaterra depois de dar um golpe numa milionária e se estabelece em Macau, na China. Explica-se: Macau é considerada a “Las Vegas da Ásia”, repleta de cassinos e outras atrações para quem tem muito dinheiro e gosta de jogar e se divertir. Utilizando o pseudônimo de Lord Doyle, um suposto aristocrata inglês, Riley chega a Macau com pompa e circunstância, hospeda-se nos melhores hotéis, bebe e come do melhor e, quando não ganha do jogo, o que acontece sempre, acaba fugindo do hotel pela porta dos fundos. Não é um sujeito normal, pois além de viciado é propenso a crises de pânico e arritmia cardíaca. Além do azar nas mesas de bacará, Riley é perseguido por uma detetive particular (Tilda Swinton) contratada pelas vítimas que o viciado deixou pelo caminho. Como anunciado na cena de abertura do filme, o final de Riley será trágico. Se há mais um aval para o filme, este deve ser dado também ao diretor suíço Edward Berger, cujo currículo conta com filmes de grande sucesso e de qualidade, entre os quais “Nada de Novo no Front”, Oscar de Melhor Filme Internacional em 2023, e o excelente “Conclave”, também premiado em festivais mundo afora.   

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