segunda-feira, 3 de novembro de 2025

 

“A MULHER DA FILA” (“LA MUJER DE LA FILA”), 2025, coprodução Argentina/Espanha, 1h45m, em cartaz na Netflix, direção de Benjamín Avilla (“Infância Clandestina”), que também assina o roteiro com Marcelo Müller. A história é baseada em fatos reais ocorridos na Argentina em 2004. A viúva Andrea Casamento, mãe de três filhos, viveu o drama de ver seu filho mais velho, de 18 anos, ser preso acusado de participar de uma gangue de assaltantes. Desde o início, ela acreditou na inocência do filho e lutou com todas as forças para libertá-lo. Durante esse tempo, ela conviveu com outras mães e familiares dos presos, o que a motivou a fundar mais tarde a ACIFAD (Asociación Civil de Familiares de Detenidos). No filme, Andrea é interpretada por Natalia Oreiro, atriz uruguaia radicada na Argentina. Ela é a alma do filme, numa interpretação visceral, digna de prêmio. Completam o elenco Amparo Noguera, Alberto Ammann e Federico Heinrichi. As mulheres que aparecem no filme dando depoimentos, sofrendo na fila da visita na penitenciária e sendo submetidas a revistas íntimas constrangedoras, são personagens reais, recrutadas como figurantes. Embora o contexto seja dramático, o filme consegue ser sensível na medida em que enfatiza o sofrimento dessas mulheres e a força que mantêm apesar da situação. Na minha opinião, assim como a de muitos críticos especializados, “A Mulher da Fila” é até agora o melhor filme argentino do ano. Não perca!       


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