O
drama turco “ERA UMA VEZ NA ANATÓLIA” (“Bir Zamanlar Anadolu’da”), 2011, leva a assinatura do premiado diretor
Nuri Bilge Ceylan. Quem viu alguns de seus filmes, como “Climas”, de 2006, ou “3
Macacos”, de 2008, já sabe que ele tem uma maneira diferente de filmar e de
contar uma história, o que encanta os críticos. Em Cannes, por exemplo, já foi
premiado várias vezes. Este último também, recebendo o Prêmio de Júri do
tradicional festival de cinema francês. A história começa com três carros saindo
da cidade de Kelskin, na região da Anatólia. Neles estão policiais, um promotor,
um médico-legista, um soldado do exército e dois coveiros, além de dois
prisioneiros acusados de um assassinato. O motivo da caravana é encontrar o
local onde a vítima foi enterrada, mas os prisioneiros alegam que estavam bêbados
e não se lembram. É noite fechada e esse verdadeiro road movie entra madrugada
adentro, acompanhado de uma série de diálogos dentro e fora dos carros, muita
divagação e praticamente nada acontece durante um bom tempo. O filme é
arrastado, contemplativo, com muitas cenas longas, muitas delas silenciosas. O
desfecho dá uma pista, mas não explica com clareza tudo o que aconteceu. Cabe ao espectador tirar suas próprias deduções. Definitivamente, não é um
filme fácil de digerir e entender. Uma coisa é líquida e certa: não dá para ficar indiferente diante da telinha. Assista e comprove.
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