quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O drama turco “ERA UMA VEZ NA ANATÓLIA” (“Bir Zamanlar Anadolu’da”), 2011, leva a assinatura do premiado diretor Nuri Bilge Ceylan. Quem viu alguns de seus filmes, como “Climas”, de 2006, ou “3 Macacos”, de 2008, já sabe que ele tem uma maneira diferente de filmar e de contar uma história, o que encanta os críticos. Em Cannes, por exemplo, já foi premiado várias vezes. Este último também, recebendo o Prêmio de Júri do tradicional festival de cinema francês. A história começa com três carros saindo da cidade de Kelskin, na região da Anatólia. Neles estão policiais, um promotor, um médico-legista, um soldado do exército e dois coveiros, além de dois prisioneiros acusados de um assassinato. O motivo da caravana é encontrar o local onde a vítima foi enterrada, mas os prisioneiros alegam que estavam bêbados e não se lembram. É noite fechada e esse verdadeiro road movie  entra madrugada adentro, acompanhado de uma série de diálogos dentro e fora dos carros, muita divagação e praticamente nada acontece durante um bom tempo. O filme é arrastado, contemplativo, com muitas cenas longas, muitas delas silenciosas. O desfecho dá uma pista, mas não explica com clareza tudo o que aconteceu. Cabe ao espectador tirar suas próprias deduções. Definitivamente, não é um filme fácil de digerir e entender. Uma coisa é líquida e certa: não dá para ficar indiferente diante da telinha. Assista e comprove.   

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