“1898 –
OS ÚLTIMOS DAS FILIPINAS” (“1898 – LOS ÚLTIMOS DE FILIPINAS”), 2016, Espanha, 2h09m,
roteiro de Alejandro Hernández e direção de Salvador Calvo (do ótimo “Adú”). O
filme conta um fato histórico ocorrido em 1898 nas Filipinas, até então colônia
espanhola. Naquele ano, um pelotão de 50 soldados foi enviado para retomar a
aldeia de Beler ocupada pelos rebeldes do grupo Katipunan, que lutavam pela
independência das Filipinas e que no ano anterior ocuparam a aldeia
assassinando dezenas de soldados espanhóis. Como não havia alojamentos
adequados na aldeia, os soldados transformaram a igreja do vilarejo em quartel. Não demorou
muito e os rebeldes, em muito maior número, começaram a atacar a igreja. O
cerco durou quase um ano, período em que os confrontos, quase que diários,
resultaram em muitos mortos, principalmente do lado dos rebeldes. Ao mesmo
tempo, alguns soldados espanhóis foram atingidos por doenças como a malária e a
beribéri (doença que desidrata e mata em dois ou três dias). Além disso, por
causa do cerco dos rebeldes à igreja, começou a faltar água, comida e remédios.
A situação ficava cada vez pior e não havia outra alternativa senão a rendição,
hipótese imediatamente rejeitada pelo tenente Martín Cerezo (Luis Tosar), que
desde a morte do capitão Enrique de Las Morenas (Eduard Fernández) comandava o
pelotão. Mesmo depois que um oficial espanhol chegou de Manila informando que a
guerra das Filipinas havia acabado, Cerezo não acreditou e permaneceu firme em seu reduto na igreja (ele e os soldados isolados na igreja não sabiam
que a Espanha havia perdido não só as Filipinas, como também Porto Rico e Cuba). O
filme acompanha o sofrimento dos jovens soldados espanhóis, muitos deles inexperientes
em combate, mas que resistiram ao inimigo enquanto puderam, transformando Beler
no último bastião do império espanhol nas Filipinas. Resumo da ópera: o filme é
muito bom, principalmente por destacar um fato histórico pouco conhecido entre
nós.
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