“HIPÓCRATES”
(“Hippocrate”), 2014, França, marcou a
estreia no roteiro e direção de Thomas Lilti. Trata-se de uma singela homenagem ao
trabalho dos médicos, principalmente aqueles que estão se iniciando na profissão,
os chamados residentes. A narrativa alterna momentos dramáticos com outros de
bom humor, tornando o filme um ótimo entretenimento. A história acompanha um
grupo de médicos residentes em sua rotina de plantões exaustivos, enfrentando
suas inseguranças quanto a um diagnóstico ou mesmo suas dúvidas em decidir
sobre o procedimento correto a aplicar num paciente. O diretor Lilti, também
médico na vida real, é responsável por outro excelente filme sobre o tema da medicina, “Médecin de Campagne” (aqui traduzido por “Insubstituível”), lançado em 2016,
com o astro François Cluzet. A história de “Hipócrates” é centrada em Benjamin
Barois (Vicente Lacoste), um jovem de 23 anos recém-formado em Medicina, que
começa sua residência num hospital de Paris cujo diretor é seu pai, o respeitável
Dr. Barois (Jacques Gamblin). Nos primeiros dias de trabalho, Benjamin se vê à
frente com inúmeros casos difíceis, um deles envolvendo um morador de rua alcoólatra
que costuma tumultuar os plantões do hospital. Por isso, recebeu o apelido de “Tsunami”
(Therry Levaret). Benjamin ficou responsável pelo paciente, que morreria horas
depois. Sentindo-se culpado, o jovem médico recebe o apoio de outro médico
residente, Abdel Rezzak (Reda Kateb), formado na Argélia – para exercer a
profissão na França, o médico já diplomado em outro país é obrigado a fazer
residência. A história destaca os bastidores do trabalho desses médicos, com
suas inseguranças, falta de recursos e muito estresse. O filme foi lançado no
Festival de Cannes 2014, com críticas bastante elogiosas. No ano seguinte, Reda
Caleb conquistaria, merecidamente, o Prêmio César (o Oscar francês) de “Melhor Ator". Enfim, um filme bastante agradável de assistir.
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