sábado, 22 de junho de 2024

“MISSÃO IMPOSSÍVEL – ACERTO DE CONTAS Parte 1” (“MISSION IMPOSSIBLE – DEAD RECKONING Parte One”), 2023, Estados Unidos, 2h43m, em cartaz na Netflix, direção de Christopher McQuarrie, que também assina o roteiro com a colaboração de Erki Jendresen. Este é o 7º filme da franquia, iniciada em 1996, trazendo como figura central, em todos, o agente Ethan Hunt (Tom Cruise). Confesso que resolvi assistir com a esperança da chegada da Parte 2, prometida para este ano, mas adiada para 2025 devido à recente greve de roteiristas e atores de Hollywood. Vou aguardar ansiosamente a sequência. Nesta Parte 1, Hunt e sua equipe do IMF, Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), Benji Dunn (Simon Pegg) e Luther Stickell (Ving Rhames), têm a missão de recuperar as duas partes de uma chave que pode acionar uma nova e aterrorizante arma de inteligência artificial capaz de reescrever a realidade. Ou seja, quem tomar posse dela poderá dominar o mundo. Também fazem parte do elenco Esai Morales, Shea Whigham, Cary Elwes, Hayley Atwell, Pom Klementieff, Vanessa Kirby, Henry Czerny, Indira Verma, Charles Parnell, só para citar os mais conhecidos. O filme garante uma ação eletrizante do começo ao fim, com cenas espetaculares. Não dá para perder! E aí esperar a Parte 2 com um bom estoque de pipoca e rezar para que Tom Cruise tenha saúde para encarar outras sequências.  

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quinta-feira, 20 de junho de 2024

“ENCONTRO FATAL” (“L’IMPASSE”), 2022, França, 1h36m, em cartaz na Prime Vídeo (o filme foi feito para ser exibido pela TV), direção de Delphine Lemoine, seguindo roteiro assinado por Laurent Mondy, Olivier Lècot e Aurélie De Gubernatis. Suspense policial centrado na relação entre uma conceituada psiquiatra, a dra. Estelle Hamon (Gwendoline Hamon), e seu paciente e ex-namorado Thomas Cassagne (Thierry Neuvic). A história começa com a morte de um psiquiatra na clínica onde Estelle trabalha, depois de uma discussão da vítima com Thomas. Numa atitude impensada, Estelle foge com Thomas para o interior e os dois se transformam em fugitivos da polícia. A trama envolve antigos fatos do passado, como a morte misteriosa do pai de Thomas e de sua ex-mulher. O que complica ainda mais é que Estelle é casada e tem um filho adolescente. Fica difícil acreditar que ela tenha abandonado a família e seu emprego pela aventura incerta com um paciente, o que foi uma forçada de barra do roteiro, que é repleto de falhas. As situações não têm a menor credibilidade, somando-se o elenco muito fraco, atuando no piloto automático. Enfim, não dá para recomendar, o que é uma grande decepção em se tratando de um exemplar do excelente cinema francês.  

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quarta-feira, 19 de junho de 2024

 

“BASMA”, 2024, Arábia Saudita, 1h45m, em cartaz na Netflix (produção original), roteiro e direção de Fatima AlBanawi. Trata-se de um drama familiar centrado na jovem saudita Bassouma, que toda família chama de Basma (AlBanawi), que retorna dos Estados Unidos para sua cidade natal Jeddah, na Arábia Saudita, depois de concluir o curso de engenheira ambiental numa universidade de Los Angeles. O reencontro com sua família não é dos mais agradáveis, pois sua mãe acaba de se separar do pai (Yassir Alsasi), um sujeito mentalmente desequilibrado que sofre de delírios paranoicos, que passou a morar sozinho longe da família. Com pena, Basma resolve viver um tempo com o pai, que um dia foi um cientista famoso, professor de universidade. O filme destaca a relação de Basma com o pai problemático e com os demais membros da família que se afastaram do convívio com ele por causa de sua condição mental. Fatima finalmente chega à mesma conclusão, que o pai realmente precisa de cuidados médicos. “Basma” é um filme simples e simpático, seguindo as regras da tradição e da cultura locais, que não permitem cenas de nudez, sexo e consumo de drogas, bem diferente do cinema ocidental ou asiático. Lembra até mesmo os filmes indianos no que se refere à trilha sonora, com aquelas músicas, para nós, ocidentais, irritantes e muitas vezes fora do contexto da história. Temos de levar em conta que o cinema da Arábia Saudita é recente. Para vocês terem uma ideia, o primeiro feito no país foi em 2006. Portanto, falta muito para se consolidar. Por isso mesmo acredito que “Basma” é um filme interessante para os cinéfilos de carteirinha conhecerem um novo estilo de cinema. E avaliar o talento da atriz e agora roteirista/diretora Fatima AlBanawi, cujo primeiro filme, “Barakkah com Barakah”, de 2016, foi um grande sucesso de bilheteria.                            

 

terça-feira, 18 de junho de 2024

“ALMA DE CAÇADOR” (“HEART OF THE HUNTER”), 2024, África do Sul, 1h47m, em cartaz nas Netflix, direção de Mandla Dube (“Silverton: Cerco Fechado”), seguindo roteiro assinado por Deon Meyer e Willem Grobler. Embora a África do Sul já tenha produzido alguns bons filmes, ainda está longe da Nigéria, cuja produção cinematográfica está entre as maiores do mundo, ranking liderado pela Índia. “Alma de Caçador”, baseado no romance homônimo escrito por Deon Meyer em 2004, é um filme de ação com pano de fundo político. Às vésperas das eleições presidenciais, o favorito é um tal de Mtima (Sisanda Henna), um político corrupto e sanguinário. Diante desse quadro, Zuko Khumalo (Bonko Cosma Khoza), um ex-agente especial e assassino profissional, é recrutado por uma organização para investigar o passado de Mtima e denunciar suas falcatruas. Para isso, conta com a ajuda do prestigiado jornalista investigativo Mike Bressler (Deon Coetzee), do principal jornal sul-africano. Ao aceitar a missão, Zuko coloca em risco não só a própria vida, como a da esposa e do filho, e será perseguido pelos capangas de Mtima até o final. O filme é falado em inglês e africâner, duas das doze línguas oficiais da África do Sul. O enredo é bem elaborado, o suspense garante tensão do começo ao fim, destacando ótimas cenas de ação. A respeito do filme, um crítico profissional escreveu que se trata de “Um filme sul-africano americanizado”, o que na verdade foi um elogio, pois "Alma de Caçador" garante um bom programa na telinha.                          

 

domingo, 16 de junho de 2024


“CASAMENTO MORTAL” (“UNE CONFESSION”), 2023, França, 1h26m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Hélène Fillières, que também assina o roteiro com a colaboração de John Wainwright e Claud Scasso. Trata-se de um suspense policial - somente na TV francesa -, cuja história começa com uma morte misteriosa. Maud Duberry (Catherine Frot) cai de um penhasco e morre. Foi empurrada pelo marido, Jean Duberry (Laurent Gerra)? O casal de meia idade vivia uma relação conflituosa há anos e, claro, o marido se transforma no principal suspeito, ainda mais que uma testemunha o viu no penhasco olhando a vítima caída sem tomar qualquer atitude. Esse jogo psicológico, entre acusado, polícia e supostas testemunhas se arrasta até o desfecho, num ritmo bastante lento, entediante e, em certos momentos, irritante, com muitas cenas em flashback. O desenrolar da trama parece caminhar para um final surpreendente, com a revelação definitiva do que realmente aconteceu. Triste ilusão... Portanto, não espere muito de “Casamento Mortal”, nem mesmo grandes atuações. Completam o elenco Théo Augier (Benjamin, o filho), Diane Rouxel, Antoine Duléry e Lola Dewaere.