“BASMA”, 2024,
Arábia Saudita, 1h45m, em cartaz na Netflix (produção original), roteiro e direção de Fatima AlBanawi.
Trata-se de um drama familiar centrado na jovem saudita Bassouma, que toda
família chama de Basma (AlBanawi), que retorna dos Estados Unidos para sua
cidade natal Jeddah, na Arábia Saudita, depois de concluir o curso de
engenheira ambiental numa universidade de Los Angeles. O reencontro com sua
família não é dos mais agradáveis, pois sua mãe acaba de se separar do pai
(Yassir Alsasi), um sujeito mentalmente desequilibrado que sofre de delírios
paranoicos, que passou a morar sozinho longe da família. Com pena, Basma resolve viver um tempo com o pai, que um dia foi um cientista famoso, professor de universidade.
O filme destaca a relação de Basma com o pai problemático e com os demais
membros da família que se afastaram do convívio com ele por causa de sua
condição mental. Fatima finalmente chega à mesma conclusão, que o pai realmente
precisa de cuidados médicos. “Basma” é um filme simples e simpático, seguindo
as regras da tradição e da cultura locais, que não permitem cenas de nudez, sexo
e consumo de drogas, bem diferente do cinema ocidental ou asiático. Lembra até
mesmo os filmes indianos no que se refere à trilha sonora, com aquelas músicas,
para nós, ocidentais, irritantes e muitas vezes fora do contexto da história. Temos de levar em conta
que o cinema da Arábia Saudita é recente. Para vocês terem uma ideia, o primeiro
feito no país foi em 2006. Portanto, falta muito para se consolidar. Por isso
mesmo acredito que “Basma” é um filme interessante para os cinéfilos de
carteirinha conhecerem um novo estilo de cinema. E avaliar o talento da atriz e
agora roteirista/diretora Fatima AlBanawi, cujo primeiro filme, “Barakkah com
Barakah”, de 2016, foi um grande sucesso de bilheteria.
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