sábado, 28 de novembro de 2015
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
“A GATINHA ESQUISITA” (“Das Merkwürdige Kätzchen”), 2013, é
um filme alemão que marca a estreia no roteiro e direção do jovem suíço Ramon
Zürcher. Não há história. O filme mostra o cotidiano de uma família de Berlim
cujos integrantes são bastante esquisitos, aqui incluídos uma gata e um velho
vira-lata preto. Toda a ação é desenvolvida no interior de um apartamento, onde
o casal, os filhos, a avó, vizinho, prima e tia entram e saem toda hora, num
vai e vem incessante. A menina grita quando qualquer aparelho eletrônico é
ligado; o pai trafega medindo a pressão arterial; a filha mais velha joga
cascas de laranja no chão e não entende porque elas caem com a parte branca
para cima. E por aí vai, tudo muito surreal. A maioria dos diálogos não tem o
mínimo nexo. Alguns deles são de uma espantosa profundidade filosófica. Quer um
exemplo? A esposa comenta com o marido: “Gatos são as minhas cebolas”. Eis que
o marido responde: “As cebolas são meus gatos”, e os dois acabam gargalhando.
Ainda bem que o filme dura apenas 72 minutos. Exibido em festivais do mundo
inteiro, o filme dividiu a opinião dos críticos, uns elogiaram, outros acharam
deplorável. Em todo caso, existe gosto pra tudo, e esta produção alemã deve
agradar quem curte filmes esquisitos. Aliás, nessa família, os humanos são muito mais esquisitos do que a pobre gatinha.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Você
já assistiu a algum faroeste dinamarquês? Agora surgiu a chance, com “A SALVAÇÃO” (“The Salvation”), 2014, direção de Kristian Levring. A
história é ambientada em 1870 nos EUA. Os irmãos Jon (Mads Mikkelsen) e Peter
(Mikael Persbrandt), ex-soldados do exército dinamarquês, chegaram à América
sete anos antes para fazer fortuna. Não fizeram. Tornaram-se pequenos
fazendeiros, donos de uma propriedade perto da cidade de Black Creek. Depois de
sete anos, a mulher e o filho de Jon chegam aos EUA. Na diligência em que
viajam para a fazenda, dois malfeitores assassinam a mulher e o filho de Jon. O
dinamarquês não perdoa: mata os dois. Só que um deles é o irmão querido do
chefão da região, Delarue (Jeffrey Dean Morgan), que parte para a vingança. O
elenco é uma verdadeira miscelânea de nacionalidades. Mikkelsen é dinamarquês,
Persbrandt é sueco, Eva Green e Éric Cantona franceses, Jonathan Pryce inglês.
O único norte-americano é o vilão da história, Dean Morgan. A bela Eva Green,
aliás, entra muda e sai calada, mesmo porque teve a língua cortada pelos
índios. Para culminar, o final é forçado e constrangedor. Ah, as filmagens aconteceram em locações na África do Sul. Quem quiser arriscar, fique à vontade. Saudades daquele velho oeste, John Wayne, Clint Eastwood, Giuliano Gemma...segunda-feira, 23 de novembro de 2015
“CAKE – UMA RAZÃO PARA VIVER” (“Cake”), EUA, 2014, direção de Daniel Barnz. A
advogada Claire Simmons (Jennifer Aniston), traumatizada por uma tragédia,
cujas sequelas também afetaram seu corpo, faz parte de um grupo terapêutico de
pessoas que sofrem de problemas psicológicos e dores crônicas. O suicídio ronda
a mente dessas mulheres, e uma delas concretizou o ato, Nina (Anna Kendrick).
Claire, que também pensa em fazer o mesmo, resolve investigar a fundo as razões
que levaram Nina a cometer o suicídio. Para isso, se aproxima do viúvo, Roy
(Sam Worthington). Mas quem realmente segura as pontas é a empregada mexicana
de Claire, Silvana (a ótima Adriana Barraza). O relacionamento entre patroa e
empregada resulta nos melhores diálogos e nos momentos de humor do filme, que
no geral é um dramalhão daqueles. Aniston atuou sem nenhuma maquiagem e aparece
feia e um tanto envelhecida. A idade (45 anos) também já não ajuda muito. Mas
seu desempenho é ótimo, tanto que foi indicada ao Globo de Ouro de 2015 na
categoria de Melhor Atriz de Filmes Dramáticos – ganhou Julianne Moore por “Still
Alice”, que depois também ganharia o Oscar. Se a consagração de Aniston não
veio com algum prêmio, pelo menos ficou evidente que ela é uma excelente atriz.
Pura
diversão. Assim é “O AGENTE DA U.N.C.L.E. (The Man from U.N.C.L.E.), 2015, EUA, direção do inglês Guy Ritchie.
Trata-se de uma paródia bem feita, com muito humor, ação e cenários deslumbrantes, da célebre série de
TV dos anos 60. Tudo bem que agora a dupla principal é interpretada por dois
bonitões sarados, os atores Henri Cavill (Napoleon Solo) e Armie Hammer (Illya
Kuriakin), enquanto que os intérpretes originais – Robert Vaughan e David McCallum
– eram mais franzinos e cerebrais. Nesta versão para o cinema, Solo (CIA)
e Kuriakin (KGB) recebem a missão de trabalhar em conjunto para se
infiltrar numa organização criminosa que ameaça o mundo com uma bomba nuclear. Destaque
para a atriz sueca Alicia Vikander. Acostumada a papeis dramáticos (“O Amante
da Rainha” e “Anna Karenina”), Alicia arrasa nas cenas de humor, provando que é
uma atriz bastante versátil. Do alto de seus 1m90, a atriz francesa Elizabeth
Debicki também está ótima como a vilã
Victoria Vinciguerra. A ação corre solta, bem ao estilo do diretor Guy Ritchie,
que já provou enorme competência no gênero em ótimos filmes como “Snatch –
Porcos e Diamantes” e “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes”. Esqueça as
mazelas do mundo e embarque nessa divertida aventura cinematográfica.
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