sexta-feira, 16 de agosto de 2024

 

“MANOBRA ARRISCADA” (“ONE FAST MOVE”), 2024, Estados Unidos, 1h46m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção do jovem cineasta Kelly Blatz, também conhecido como ator. Como diretor de longa metragens, ele estreou com “Senior Love Triangle”, em 2019, filme elogiado pela crítica. Neste “Manobra Arriscada”, Blatz criou um filme com drama familiar, romance e ação esportiva, no caso empolgantes corridas de motocicleta. A história começa com o jovem Wes Neal (o ator neozelandês KJ Apa, de “Riverdale”, cujo nome verdadeiro é Keneti James Fitzgerald Apa), sendo expulso do exército depois de participar de um racha de motos. Sem emprego, sem grana e perdido no mundo, ele viaja até uma pequena cidade onde vive seu pai biológico, o piloto de motos Dean Miller (Eric Dane), um ex-campeão que vive uma fase decadente. O encontro de pai e filho é conflitante, mas no fim o esporte vence as barreiras. Abel (Edward James Olmos), dono de uma oficina de motos, contrata Wes como mecânico. Dean resolve treinar o filho no esporte para participar de uma competição de amadores, para quem sabe depois ingressar nos profissionais. Entre uma competição e outra, o roteiro encontra lugar para um romance, juntando Wes e Camila (Maia Reficco), uma jovem mãe solteira. Adianto que as cenas de corridas são eletrizantes, muito bem realizadas. Infelizmente, o desfecho não traz muita emoção, o que prejudica o resultado final, embora deva agradar os amantes do motociclismo esportivo. Apenas um bom entretenimento.         

                     

terça-feira, 13 de agosto de 2024

 

“POSTAIS MORTÍFEROS” ("THE POSTCARD KILLINGS”), 2020, coprodução Inglaterra/Estados Unidos/Alemanha/Irlanda do Norte, 1h44m, em cartaz na Netflix, direção do cineasta bósnio Danis Tanovic (seu filme de estreia, “Terra de Ninguém”, ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2002), seguindo roteiro assinado por Ellen Brown Furman. Embora produzido em 2020, chega somente agora à Netflix este suspense policial, uma adaptação do romance homônimo escrito por Liza Marklund e James Patterson, este último um dos meus autores preferidos. A história de “Postais Mortíferos” é centrada na investigação de vários assassinatos ocorridos em capitais da Europa, caracterizados por requintes de crueldade, com mutilações e outras maldades. Em cada um deles, um aspecto sórdido: os corpos das vítimas são dispostos de maneira a lembrar algum quadro famoso. No primeiro dos crimes,  em Londres, a vítima é filha do detetive nova-iorquino Jacob Kanon (Jeffrey Dean Morgan), assassinada com seu marido. O casal estava em lua de mel. Kanon viaja às pressas para Londres e decide investigar o caso juntamente com uma jornalista e a polícia local. Entretanto, outros crimes com as mesmas características começam a ocorrer em outras cidades da Europa. Muita água vai rolar até se chegar aos suspeitos, incluindo uma surpreendente reviravolta. Na cena final, um telefonema em especial dá a entender que haverá uma sequência. Vamos aguardar. Completam o elenco Famke Janssen, Cush Jumbo, Joachim Król, Steven Mackintosh, Denis O’Hare, Naomi Batrick, Ruairi O’Connor, Eva Röse, Dylan Devonald Smith e Celine Arden. Uma fofoca de bastidores: a atriz dinamarquesa Connie Nielsen abandonou as filmagens por discordar do roteiro. Acabou substituída por Famke Janssen e várias cenas tiveram que ser refeitas. Pelo fato de o filme ser dirigido por um diretor premiado, contar com um bom elenco e uma história criada por James Patterson, esperava muito mais de “Postais Mortíferos”, mas mesmo não sendo uma obra-prima, dá pra assistir numa boa.      

                      

domingo, 11 de agosto de 2024

 

“TUBARÃO: MAR DE SANGUE” (“SHARK BAIT”), 2022, Inglaterra, 1h25m, em cartaz na Netflix, direção de James Nunn (“Busca Explosiva 6: Sem saída”, “Tiro Certo”, “Risco Máximo”), seguindo roteiro assinado por Nick Saltrese. Depois do clássico “Tubarão”, de Steven Spielberg, talvez o maior sucesso de bilheteria de 1975, o cinema descobriu que o grande predador poderia gerar muitas histórias. E foi o que aconteceu, mas poucas mereceram elogios. Pelo contrário. “Tubarão: Mar de Sangue” pode ser indicado como um filme que não ofende nossa inteligência. A produção é muito caprichada, tanto é que os ataques de tubarão parecem reais e são assustadores. O cenário é alguma praia dos Estados Unidos, não identificada pelo roteiro. Cinco jovens amigos estudantes estão em férias e acabam de participar de uma balada na praia, do tipo luau. De manhã, ainda sob o efeito de álcool, os cinco amigos, três homens e duas mulheres, resolvem furtar dois jet skis e saem mar adentro, apostando corrida e fazendo malabarismos. É claro que chega a hora de um acidente, e quem leva a pior é um rapaz, que sofre fratura exposta numa das pernas. Para piorar, um dos jet skis afunda. O sangue do jovem cai no mar e atrai os tubarões, um maior e mais feroz do que o outro. Aí a coisa complica de vez e até o desfecho o grupo tentará sobreviver de qualquer jeito. Eu poderia dizer que muita água vai rolar embaixo da ponte, mas no filme não há nenhuma ponte à vista... Fazem parte do elenco Holly Earl, Catherine Hannay, Jack Trueman, Malachi Pullar e Thomas Flynn. Garanto que você não vai se arrepender de assistir, pois trata-se de um suspense eletrizante.