segunda-feira, 31 de julho de 2017

Em 1955, o jornalista Denne Bart Petitclerc, do jornal The Miami Herald, escreveu uma carta para o seu ídolo, o escritor Ernest Hemingway, agradecendo por ter sido ele o grande incentivador de sua carreira. Hemingway gostou tanto da carta que telefonou para Denne convidando-o para visitá-lo em Cuba, onde morava há décadas. A partir dessa primeira visita, o jovem jornalista ficou amigo de Hemingway e de sua esposa Mary. A história dessa amizade é contada em “PAPA – HEMINGWAY IN CUBA”, 2016, EUA, direção de Bob Yari, o primeiro filme norte-americano filmado em território cubano desde 1959. Denne, no filme Ed Myers (Giovanni Ribisi), aproveitava suas visitas ao grande escritor para escrever reportagens não só sobre Hemingway, mas também sobre a situação política de Cuba, às vésperas da revolução comandada por Fidel Castro. Hemingway (Adrian Sparks, cuja semelhança com o escritor é impressionante) é mostrado como realmente devia ser, um beberrão contumaz, um gênio irascível, briguento e, naquela época em que a história é ambientada, em crise criativa e conjugal. Todas as filmagens ocorreram em Cuba nos lugares originais frequentados por Hemingway, incluindo seu bar favorito (“La Floridita”) e a casa onde morou o escritor com Mary (Joely Richardson, filha de Vanessa Redgrave), no vilarejo de San Francisco de Paula, a 25 quilômetros de Havana. Aliás, o roteiro do filme foi submetido à aprovação do governo cubano, que o aprovou sem restrições (tudo isso antes do fim do embargo promovido por Obama). Filmaço!  

                                                                   

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