segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Depois de escrever e dirigir o elogiado “Drive”, de 2011, o diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn achou que poderia ousar ainda mais. Escreveu e dirigiu também “DEMÔNIO DE NEON” (“The Neon Demon”), EUA, 2015, cuja estreia aconteceu no Festival de Cannes 2016, causando grande polêmica – recebeu vaias da plateia. E polêmica é mesmo com Nicolas: durante suas aparições públicas no festival francês, ele apareceu vestido com paletó, camisa social, bermuda e chinelo de dedo. Ou seja, queria chocar e aparecer. Em “Demônio de Neon”, ele conta a história de Jesse (Elle Fanning), uma jovem que chega a Los Angeles para tentar a carreira de modelo profissional. Ela é contratada por uma grande agência e logo vira a queridinha de fotógrafos e estilistas. Seu sucesso gera ciúmes nas modelos mais antigas, como Sarah (Abbey Lee) e Gigi (Bella Heathcote). O filme adota o suspense como gênero, utilizando muitas cenas mórbidas e chocantes, incluindo canibalismo, necrofilia e outras aberrações. O filme tem o ritmo lento, diálogos arrastados, muitos sem nexo, e um visual cuja fotografia destaca as cenas como se iluminadas por lâmpadas de neon de diversas cores. O diretor também utiliza bastante o recurso da câmera em slow motion, o que torna o filme ainda mais enfadonho. Para coroar essa verdadeira bobagem cinematográfica, ainda tem uma ponta do hoje canastrão Keanu Reeves como proprietário de um motel sinistro. 

Nenhum comentário: