“CRIMES OCULTOS” (“Child 44”), EUA, 2015, é um misto de drama, suspense e policial. Na década de 30,
o ditador Joseph Stalin resolveu reprimir os ucranianos, que lutavam por sua
independência. Stalin provocou a morte de 14 milhões de ucranianos (mais do que
os judeus que Hitler assassinou no Holocausto), a grande maioria de fome. A
matança deixou milhões de crianças órfãs. Aí vem a ficção. O filme conta a
história de uma dessas crianças, Leo Demidov (interpretado em adulto por Tom
Hardy). O enredo pula para 1953. Leo é um oficial do Exército russo, casado com
Raisa (Noomi Rapace). Uma série de assassinatos de crianças começa a chamar a
atenção das autoridades. Só que naquela época, a ordem de Stalin é que esses
crimes sejam atribuídos a acidentes, como atropelamento de trem, quedas etc. “Não
há assassinatos no paraíso”, conforme ditava a cartilha do governo russo. “Esse
tipo de crime é coisa do Ocidente, do regime capitalista”. Os oficiais rezavam
por essa cartilha. Até que o afilhado de Leo, filho de outro oficial, é
assassinado. Aí ele resolve investigar por conta própria, contrariando seus
superiores. O filme tem ainda no elenco Gary Oldman, Vincente Kassel e Joel Kinnaman.
A direção é do sueco Daniel Espinosa. O filme é falado em inglês, mas os atores
interpretam com sotaque russo, o que soa meio falso e ridículo. Embora seja o
ator do momento (“Mad Max”), Tom Hardy é fraco, inexpressivo, atua no piloto
automático. Muito pouco para fazer o personagem principal de um filme. Filme, aliás, que acrescenta pouco à cinematografia.
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