O
drama “AS HORAS MORTAS” (“Las Horas Muertas”), co-produção México/Espanha, 2013, é um
filme bastante simples, não apenas pelo seu enredo como também pela sua produção,
mas não deixa de ser interessante. A história é quase toda ambientada num motel
à beira-mar, no litoral de Veracruz (México). O estabelecimento está sendo
administrado, provisoriamente, pelo jovem Sebastián (Kristyan Ferrer), de 17
anos, enquanto o proprietário, seu tio, estiver de licença médica. Miranda logo
percebe que a rotina do lugar é tediosa, feita de muitas "horas mortas". Ele recebe os – raros – clientes, encaminha-os
para os quartos e depois fica à espera da saída deles para então providenciar a
limpeza. Miranda (Adriana Paz), uma corretora de imóveis de 35 anos, é cliente
habitual do motel, junto com o amante casado. Miranda muitas vezes fica
esperando o amante por horas, até que ele começa a não aparecer mais. No tempo ocioso em que passam conversando, juntando suas solidões, o jovem Sebastián e Miranda acabam ficando amigos. E
é justamente essa amizade que o diretor Aarón Fernandez fará com que seja o fio
condutor de toda a história. O filme foi selecionado para exibição nos
festivais de Locarno, Zurique, Biarritz, San Sebastian e Tóquio, além da 37º
Mostra Internacional de São Paulo (2013). Não é pouco para uma produção tão
simples.
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