quinta-feira, 8 de maio de 2014

O que tem a ver a Holanda com o cenário árido do Deserto do Novo México? O filme holandês “Jackie”, de 2012, dirigido por Antoinette Beumer. Trata-se de uma comédia com direito a road movie ao estilo “Telma & Louise”, só que com três mulheres. A história começa quando as irmãs gêmeas Sofie (Carice van Houten) e Daan (Jelka van Houten), que moram na Holanda, recebem um telefonema dos EUA dizendo que sua mãe biológica, Jackie (Holly Hunter), fraturou a perna, está internada num hospital e precisa ser levada para um centro de reabilitação. Motivo meio forçado para justificar a viagem das irmãs, que nunca tiveram contato com a mãe. Em todo caso, elas são incentivadas a viajar pelos pais adotivos (um casal gay), que dizem ser esta uma ótima oportunidade para que conheçam a mãe biológica. Quando chegam, encontram uma mulher rabugenta e nem um pouco feliz em conhecê-las. As três iniciam uma longa viagem onde terão a oportunidade de se conhecer melhor e talvez recuperar o tempo perdido. Em seu desfecho, o filme terá uma reviravolta surpreendente. As atrizes holandesas Carice e Jelka van Houten, que também são irmãs na vida real, mas não gêmeas, estão ótimas, assim como Holly Hunter. As três garantem boas risadas. Mas é Carice que se sai melhor, embora seja mais conhecida por papéis em dramas como “A Espiã” (2006), “Operação Valquíria” (2008) e “Borboletas Negras” (2011), comprovando que uma atriz, quando é competente, atua em qualquer papel e em qualquer gênero de filme.

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