“A Reconstrução”
(“La Reconstrucción”), 2012, direção de Juan Taratuta, é mais um bom filme argentino
(como se isso fosse alguma novidade). Eduardo (Diego Peretti), trabalhador numa
refinaria de petróleo, é um sujeito solitário e extremamente desagradável. Além
de fechado e mal-humorado, não liga para a aparência. Barba por fazer, cabelos desgrenhados
e ensebados, unhas grandes e sujas. Seu aspecto é de um verdadeiro troglodita. Um dia, recebe o telefonema de um antigo
amigo, Mario (Alfredo Casero), que o convida para passar uns dias em sua casa
em Ushuaia (capital da Província da Terra do Fogo). Como está para sair de
férias, Eduardo aceita o convite e uns dias depois pega a estrada. Eduardo
chega a uma casa alegre e vê uma família feliz – Mario, a esposa Andrea
(Claudia Fontán) e as duas filhas adolescentes do casal, Ana (Maria Casali) e
Cata (Eugenia Aguilar). Mesmo nesse ambiente agradável, Eduardo não consegue externar
nenhuma emoção. A morte repentina de Mario, porém, fará com que Eduardo tenha
de assumir, pelo menos temporariamente, as rédeas da família enlutada. Durante
esse processo, ele também vai repensar e tentar reconstruir sua vida. Mais
conhecido pela ótima comédia “Um Namorado para minha Esposa”, Taratuta fez um
filme um tanto melancólico, mas bastante sensível.
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