“O QUARTO AO LADO” (“THE ROOM
NEXT DOOR” – “La Habitacion De Al Lado”, nos países de língua espanhola), 2024,
Espanha, 1h50m, em cartaz na Netflix, direção de Pedro Almodóvar, que também
escreveu o roteiro adaptado do livro “O Que Você está Enfrentando” (“What Are You Going Through”), da romancista norte-americana Sigrid Nunez. O tema é como
lidar com a proximidade da morte, tanto por parte do doente quanto por parte da
família e dos amigos próximos. A jornalista Martha (Tilda Swinton), uma ex-correspondente
de guerra, tem pouco tempo de vida, sofrendo de um câncer terminal. No
hospital, ela recebe a visita de uma antiga colega de trabalho, a também
jornalista e agora escritora Ingrid (Julianne Moore). Martha pede à amiga que
fique com ela em seus últimos dias, morando na mesma casa no quarto ao lado.
Ela confessa que deseja que Ingrid a ajude numa morte assistida. A relação
entre as duas mulheres é o foco de toda a história, onde se destacam momentos
sensíveis, outros dramáticos e comoventes. Completam o elenco John Torturro, Alessandro Nivola, Juan
Diego Botto, Raúl Arévalo, Alex Høgh Andersen, Esther-Rose McGregor e Melina
Mattews. Este é o primeiro filme totalmente falado em inglês de Almodóvar, mas
seu estilo de filmar é o mesmo de quase todos os seus filmes: ênfase no
melodrama, humor irreverente (neste, nem tanto), cores fortes e ousadas, filosofia
de vida, citações sobre arte e cultura. Puro Almodóvar, diretor espanhol que já
nos brindou com ótimos filmes. Posso citar alguns, como “Mulheres à Beira de um
Ataque de Nervos" (1988), “A Flor do Meu Segredo” (1995), “Tudo Sobre Minha Mãe”
(1999), “Fale com Ela” (2002), “A Pele que Habito” (2011), entre tantos outros.
Exibido durante o 81º Festival Internacional de Cinema de Veneza, o filme
ganhou o cobiçado Leão de Ouro de Melhor Filme. A atriz Tilda Swinton foi indicada ao prêmio
de Melhor Atriz no Globo de Ouro, vencido pela nossa Fernanda Torres. Infelizmente, o Oscar 2025 esnobou Almodóvar. Trocando
em miúdos, “O Quarto ao Lado” é mais uma pequena obra-prima do cineasta espanhol. E,
portanto, IMPERDÍVEL – assim mesmo, com maiúsculas.
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