“MEU VIZINHO ADOLF” (“MY NEIGHBOR,
ADOLF”), 2022, coprodução Israel/Alemanha/Polônia, 1h36m, em cartaz
na Prime Vídeo, direção de Leonid Prudovsky, que também assina o roteiro ao
lado de Dmitri Malinsky. Descobri essa pequena pérola do cinema meio escondida
no catálogo da Prime Vídeo. E que descoberta! Estamos em 1960 em alguma cidade
da América do Sul. O judeu polonês Marek Polski (David Hayman) mora numa casa
meio isolada, com apenas uma outra ao lado. Sobrevivente do Holocausto da Segunda
Guerra Mundial, quando perdeu toda a sua família, Polski é um sujeito muito
mal-humorado. Vive isolado, sem vontade de fazer qualquer tipo de amizade. Até
que um dia chega um novo vizinho, um senhor misterioso com uma barba branca
imensa. Aos poucos Polski descobre que o sujeito é alemão – o que já é motivo
de ódio -, gosta de pintar e de jogar xadrez. O homem se identifica como Herzog
(Udo Kier), mas Polski começa a acreditar que ele, na verdade, é Adolf Hitler. O
polonês leva sua desconfiança para a Embaixada de Israel, que simplesmente
ignora sua denúncia. Afinal, segundo a história, Hitler se suicidou em 1945.
Para tentar encontrar outras evidências, Polski acaba se aproximando de Herzog
e cada vez mais se convence de que ele é realmente Hitler. O filme é bem leve,
bem-humorado, e tem alguns momentos bastante comoventes. A dupla principal de
atores é o grande destaque. O escocês David Hayman já havia feito o papel de
uma vítima do Holocausto em “O Menino do Pijama Listrado”, de 2008. Por seu
lado, o ator alemão Udo Kier, que já trabalhou no filme brasileiro “Bacurau”,
de 2019, coincidentemente viveu o papel de Hitler na série televisiva “Hunters”
(2020-2023). Trocando em miúdos, “Meu Vizinho, Adolf” é recomendado para quem
curte filmes inteligentes, não comerciais. Um achado e tanto.
Não perca!
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