“O MATEMÁTICO” (“ADVENTURES OF
A MATHEMATICIAN”), 2021, em cartaz na Prime Vídeo, 1h42m,
coprodução Alemanha/Polônia/Inglaterra, roteiro e direção do cineasta alemão
Thorsten Klein. A história é centrada no matemático judeu polonês Stanislaw
Ulam (Philippe Tlokinski), que nos anos 40 participou, com outros renomados
cientistas, do ultrassecreto Projeto “Manhattan”, responsável pela criação e
construção das bombas atômicas que, pouco mais tarde, arrasariam as cidades
japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Nascido na Polônia, Stan, como era mais
conhecido, chegou aos Estados Unidos em 1931, foi um estudante prodígio na
Universidade de Harvard e, logo em seguida, seu professor. Era considerado um gênio
em matemática e, por isso mesmo, foi recrutado para a base de Los Álamos, onde
um grupo de renomados cientistas, entre eles Robert Oppenheimer (Ryan Gage),
desenvolveria a bomba atômica. A ideia inicial do governo norte-americano era
utilizá-la contra os nazistas, até que estes, em maio de 1945, se renderam aos
aliados. A guerra continuou contra o Japão, que teimava em não se render. Daí,
as bombas em Hiroshima e Nakasaki. “O Matemático” revela os bastidores das
reuniões de trabalho dos cientistas, suas vidas particulares e depois toda a
sua angústia e sentimento de culpa por terem contribuído para a criação de uma
arma tão mortífera. O roteiro coloca o polonês Stan Ulam no centro de toda a
história, destacando ainda a relação com sua esposa Françoise (a atriz francesa
Esther Garrel, irmã do ator Louis Garrel), com o irmão mais novo Adam (Mateusz
Wieclawek) e com seu melhor amigo Johnny Von Neumann (Fabian Kociecki), com o
qual seria a responsável pela invenção do primeiro computador que daria origem,
mais tarde, à era digital. Trocando em miúdos, o filme vale a pena por revelar os
detalhes de um fato histórico que teve um papel fundamental para a humanidade.
Recomendo.
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