“A HORA DO DESESPERO” (“THE
DESPERATE HOUR”), 2021, Estados Unidos, em cartaz na Amazon
Prime Video, 1h24m, direção do cineasta australiano Phillip Noyce, seguindo
roteiro assinado por Chris Sparling. Trata-se de um suspense com praticamente
um único personagem em cena do começo ao fim, Amy Carr (Naomi Watts), uma mulher que recentemente ficou viúva. Ela
acorda os filhos, a pequena Emily (Sierra Maltby) e o adolescente Noah (Colton
Gobbo), e sai para sua corrida matinal. Claro, com os fones de ouvido ligados
no celular. E não para ouvir música, mas para fazer chamadas telefônicas e
escrever mensagens de texto. Correndo, imaginem. De repente ela recebe a
notícia de que uma das escolas da cidade está sendo alvo de um atirador. Aí
começa de verdade o desespero da mulher, primeiro querendo saber se a escola é
a mesma dos seus filhos. De tão atordoada, Amy perde o senso de direção e acaba
literalmente perdida no meio de uma floresta. E dá-lhe mensagens e telefonemas
até o desfecho. Lançado no Festival de Toronto 2021, o filme dividiu a opinião
dos críticos. Só houve unanimidade nos elogios ao desempenho da veterana atriz
Naomi Watts, que realmente carrega o filme nas costas. Resumo da ópera: fico em
dúvida em afirmar se a “A Hora do Desespero” é só da mãe em questão ou então
dos espectadores que ficaram em frente da tela aguentando suas irritantes
conversas e chamadas pelo celular. Ao invés de entreter, o filme realmente
irrita.
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